Ainda não foi desta que a Mêda perdeu a invencibilidade, sendo a única equipa da série B da IIIª Divisão que ainda não provou o sabor amargo da derrota.
A difícil deslocação à Foz do Sousa certamente terá feito perder muitas noites de sono a Artur Lobão para montar uma equipa que fosse capaz de travar o ímpeto dos líderes da série. Além de um plantel reduzido, os medenses não puderam contar com muitos jogadores influentes devido a lesões e castigos, como Batata, Pura, Rato, Rafa, Luís Miguel, e mais recentemente pelo abandono de Camilo, ao que soubemos por problemas pessoais. O certo é que apesar das muitas baixas, os visitantes vestiram o “fato-macaco” e com muito querer e empenho conseguiram a proeza de empatar o líder da classificação no seu próprio terreno. Apesar do mau tempo que se fez sentir, as equipas entraram no terreno demonstrando que não se temiam e durante os primeiros 45 minutos a ação rondou as duas balizas, mas foi o guardião local que teve que lidar com os lances de maior perigo.
A Mêda poderia ter saído para o descanso na frente do marcador, contudo, por falta de pontaria ou, quem sabe, ou da estrelinha da sorte, as equipas recolheram aos balneários com um nulo. Na segunda parte, e já com a contrariedade de não poder contar com Rogério, o Sousense entrou determinado e adiantou-se no marcador aos 56’. Após um cruzamento da direita de Amado, Paulinho aproveitou uma falha de marcação e apareceu solto na área para marcar o primeiro golo da partida. Os homens de Artur Lobão não se intimidaram, apesar de terem de “fazer das tripas coração” durante alguns minutos para suster os ataques dos locais, que cresceram com o golo. Mas o técnico medense não estava conformado e jogou todos os seus trunfos para equilibrar a partida, acabando por incomodar os locais, que se viram gregos para travar os visitantes.
No entanto, com a descompensação da defensiva da Mêda, Zé Luís ainda teve que se aplicar para evitar o segundo dos locais. Só que em tempo de compensação, e na sequência de um livre a cerca de cinco metros da linha limite da grande área, um pouco descaído para a esquerda, Barra conseguiu o golo da igualdade. Foi o prémio para quem tudo tinha feito para conseguir um resultado positivo. O árbitro realizou um bom trabalho, pecando apenas no aspeto disciplinar, uma vez que poderia e deveria ter exibido mais alguns amarelos aos locais.
Fernando Araújo/
Rádio Elmo/Mêda FM
