Dois jogos, um ponto. É este o fraco pecúlio que o Sporting da Covilhã apresenta até ao momento no Nacional da IIª Divisão B – Zona Centro. Depois da derrota na ronda inaugural em Mafra, os “Leões da Serra” não conseguiram melhor que um empate a zero na recepção ao Fátima. No primeiro jogo oficial disputado na Covilhã fica o registo para a boa moldura humana nas bancadas do Complexo Desportivo local, tendo sido registados dois mil espectadores.
Numa equipa ainda à procura do melhor entrosamento, o ataque do Covilhã é, para já, a sua principal lacuna, uma vez que Luizinho, o mais adiantado, voltou a revelar-se muito perdulário. Por outro lado, moralizado com o triunfo na primeira jornada, o Fátima entrou melhor, chegando mais vezes junto da baliza serrana, onde Luís Miguel foi forçado a uma boa defesa aos 7’, após forte remate de Antero. Na resposta, aos 11’, Oliveira desperdiçou uma excelente oportunidade para colocar o Covilhã na frente do marcador, mas, completamente isolado, rematou ao lado. A turma serrana começou a subir de rendimento e a partir dos 20 minutos assumiu o controlo de jogo. Aos 33’, Tarantini realizou um belo cruzamento do flanco direito para a zona da pequena área mas Luizinho, em boa posição para marcar, “passou” literalmente o esférico ao guardião visitante. O Fátima respondeu com um rápido contra-ataque concluído por Morgado, que rematou forte ao lado. A dois minutos do intervalo, Luizinho voltou a falhar na cara de Pedro Duarte, rematando rente ao poste.
No segundo tempo, o Covilhã entrou melhor, embora tenha sido o Fátima o primeiro a criar perigo num canto. Aos 55’, Fanã fez entrar Canário para o lugar de Cordeiro e a equipa melhorou um pouco. No entanto, quando o Sporting parecia estar a subir de rendimento, Cláudio teve um deslize a meio-campo e colocou a bola nos pés de Pimenta, que rumou rapidamente para a baliza de Luís Miguel até ser derrubado por Cunha. Uma entrada por detrás bastante dura que levou o árbitro a mostrar o vermelho directo ao covilhanense, complicando ainda mais a vida à equipa de Fanã. Em contrapartida, os visitantes aproveitaram para subir no terreno e aos 71’ o jovem Nuno Coelho, com apenas 16 anos, teve um corte providencial ao interceptar um remate cruzado de Antero. A partir daqui, o jogo ficou mais morno e o Covilhã só voltou a rematar à baliza através de um livre directo de Canário. O árbitro António Batista teve alguns erros de pormenor e, apesar dos protestos, limitou-se a cumprir a lei no lance da expulsão de Cunha.
No final do encontro, Fanã lamentou as oportunidades desperdiçadas, mas continua optimista para o futuro: «Vamos tentar já no próximo jogo lutar por uma vitória, porque, a partir do momento em que for conseguida, os níveis de confiança dos jogadores e a produção vão aumentar. Não teremos então as perdidas na cara dos guarda-redes que temos nesta altura e poderemos pontuar muito mais assiduamente». Já o técnico visitante, Paulo Torres, antigo campeão mundial de juniores, considerou que o Fátima poderia ter saído da Covilhã «com uma vitória, por aquilo que trabalhou nos 90 minutos».
Ricardo Cordeiro
