O Sporting da Covilhã venceu o Desportivo de Chaves no último domingo e com os três pontos conquistados ainda pode sonhar com a manutenção na Liga de Honra. Contudo, para isso, terá que vencer um adversário directo na próxima jornada, o União da Madeira, e depois, no Santos Pinto, derrotar o Leixões, clube que vive uma crise directiva e financeira. Serão dois jogos decisivos para os serranos, que parecem querer realizar uma grande ponta final.
Tal ficou demonstrado durante grande parte do encontro com os flavienses. O Covilhã entrou com muita calma e tranquilidade no encontro, começando logo a criar lances de apuro para Tó Ferreira. Mas João Cavaleiro não estava satisfeito e lançou Orlando perto da meia-hora. Os resultados foram imediatos com os serranos a abrirem o activo por intermédio de Nélson, após livre de Bruno Caires. A equipa da casa não descansou e conseguiu ampliar a vantagem quatro minutos depois. Orlando desmarcou muito bem Trindade na grande área, com o lateral a cruzar para a cabeça de Oseias, que fez um golo de belo efeito. O Chaves não conseguiu reagir e sofreu mais um duro golpe, quando Valença foi expulso por agressão a Orlando, aos 43’. No segundo tempo, os visitantes fizeram duas alterações e surgiram com mais perigo junto à área de Celso, mas as melhores oportunidades continuaram a ser dos serranos. Aos 68’, Hermes aproveitou uma saída em falso de Tó Ferreira e fez o terceiro para os homens da casa.
Tudo parecia resolvido, até que Trindade cometeu uma falta passível de grande penalidade e foi expulso. Arrieta aproveitou e reduziu aos 77’. O Covilhã tremeu e, aos 80’, Correia cabeceou sozinho na sequência de um canto marcando o segundo golo dos flavienses. A partir daqui, os visitantes procuraram o empate querendo tirar partido do facto da equipa da casa só ter um central em campo, mas os “Leões da Serra” seguraram a magra vantagem. João Cavaleiro considerou que a vitória do Covilhã foi «justa», mas «magra», já que a intranquilidade «apoderou-se» da equipa nos últimos minutos. Para Manuel Correia, técnico dos flavienses, «dar» três golos de vantagem foi um «golpe duro» nas aspirações da equipa, acrescentando que tudo se tornou mais difícil após a expulsão de Valença.
Francisco Carvalho/Rádio da Covilhã