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Souropires goleado em casa do líder

Visitantes têm muitas razões de queixa da equipa de arbitragem

Em mais uma jornada do Nacional da IIIª divisão – série C, o Souropires saiu goleado da casa do líder, o Social de Lamas, num jogo em que a equipa de Manuel Barbosa tem muitas razões de queixa da arbitragem. Já se sabia que a formação do concelho de Pinhel tinha pela frente uma tarefa bastante complicada, atendendo às reduzidas dimensões do terreno e também ao apoio que a massa associativa dispensa ao clube local. O que ninguém pensava, nem os mais incrédulos, era que aparecesse um trio de arbitragem de Castelo Branco de medíocre qualidade para “cozinhar” um resultado que os visitantes não mereciam.

Numa tarde de bastante frio, o Souropires entrou em campo a dominar o adversário, que raramente conseguiu sair para o ataque em jogadas organizadas. Deste modo, foi com naturalidade que Camilo inaugurou o marcador, fruto de um portentoso remate do meio da rua para bater o guarda-redes Tó, que nada pode fazer. Apesar da pressão do Social de Lamas, o Souropires estava bem e teve ainda a oportunidade de facturar por mais uma vez. Como lhe competia, os locais foram atrás do prejuízo, mas só conseguiram chegar com perigo à baliza de Valezim em lances de bola parada, aproveitando a estatura do “gigante” Gil. A equipa de Manuel Barbosa foi resistindo até aos 33 , quando, após a cobrança de um livre à entrada da área, a bola foi de encontro ao braço de Cédric. O árbitro considerou o lance passível de penalti, transformado por Gil, restabelecendo a igualdade no marcador. Os visitantes não baixaram os braços e acabaram mesmo o primeiro tempo a pressionar a formação da casa.

Para a segunda parte, o técnico do Souropires deixou ficar Barroco nos balneários e lançou Alex, recuando Rogério para defesa direito e Toni mais para o eixo da defesa. No entanto, a sorte foi madrasta, pois o Social de Lamas fez o 2-1, logo aos 6’, numa jogada de contra-ataque. Um golo que nos deixa muitas dúvidas, já que os dois jogadores que apareceram frente a Valezim parecem estar em posição irregular no momento do passe. Mas o trio de arbitragem assim não entendeu. No entanto, o Souropires continuava a mandar na partida, remetendo o Social de Lamas à defesa e a alguns contra-ataques ou a bolas bombeadas para as costas da defensiva. Mas aos 80’, numa jogada de contra-ataque, os locais conseguiram elevar a contagem. E mais uma vez com a ajuda do trio de arbitragem, porque só eles não conseguiram ver três – dizemos bem – homens do Lamas em claro fora-de-jogo. Só que este “festival” da má arbitragem não se ficou por aqui, tanto assim que o Souropires passou a jogar contra mais três elementos.

Já em tempo de compensação, e vá-se lá saber porquê, o juiz da partida resolveu apontar mais um penalti, após Rogério ter feito um corte dentro da área, levando a bola a embater no seu adversário directo que se deixou cair. Uma simulação clara, mas que Bruno Nave entendeu ter sido falta para os locais fixarem o resultado final. A equipa de arbitragem foi simplesmente irrepreensível – nas asneiras, está claro! Será que na Associação de Castelo Branco não existe ninguém a apitar jogos do Distrital com mais categoria que este trio?

Fernando Araújo/ Rádio Elmo

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