Depois da atribulada visita de Carlos Pinto ao Paúl em Julho passado, o autarca regressou no último sábado àquela vila para apoiar Leonor Cipriano, candidata independente à Junta e líder da lista “Primeiro o Paúl». Desta vez, o ambiente foi cordial e os ânimos estiveram muito menos exaltados que no início do Verão. Nenhum paúlense se esquivou ao cumprimento de Carlos Pinto, que aproveitou a visita para promover uma acção porta-a-porta a que nem a Casa do Benfica local escapou, embora se tenha anunciado como «sportinguista ferrenho».
Mais para o final da tarde, e já na praça da vila, Carlos Pinto garantiu que no Paúl «ainda há muito por fazer», defendendo por isso que «a obra não pode parar, até porque existem muitos projectos que não chegaram ao fim». Deste modo, «um erro no voto» pode ser suficiente para «que o ritmo de trabalho abrande» na freguesia. Para além disso, Carlos Pinto garantiu também que nunca deixou de estar no meio do povo. «É onde me sinto bem», sublinhou, acrescentando que sempre procurou acompanhar os «problemas de estrutura» do Paúl. No que diz respeito ao último mandato, o autarca covilhanense concluiu que tem mesmo «obra feita» na vila, traduzida na «construção da extensão de saúde, no alargamento do cemitério e na nova sede da Junta», todas «há muito esperadas» pela população, recordou, anunciando ter aprovado na semana passada a construção de um lar de idosos. «Trata-se de uma iniciativa privada que dará complemento à assistência já prestada pelo centro de dia». Nesse sentido, lembrou que a Covilhã é um «concelho exemplar» na política social.
Ainda sobre o Paúl, Carlos Pinto comprometeu-se a transformar a localidade numa «vila de qualidade ímpar, aproveitando o potencial histórico e a iniciativa dos residentes e naturais da freguesia». E prometeu a requalificação das ruas com novas calçadas, «semelhantes às que foram aplicadas na Covilhã», e das habitações degradas, porque, segundo o autarca, «o tempo de construir de novo já passou». O candidato quer igualmente esconder os fios eléctricos para tornar a vila «ainda mais bonita», não sem antes prometer «50 mil contos por ano» para o Paúl e a recuperação de «dezenas de habitações degradadas». Finalmente, disse que tenciona inaugurar a nova sede dos bombeiros locais «em 2006», fazendo questão de se afirmar, em vários momentos, como «um homem de uma palavra só, porque o pior que se pode fazer às pessoas é prometer e não cumprir». Mas se dúvidas houvesse, Carlos Pinto esclareceu-as de imediato: «Se me derem a vossa confiança, saberei reconhecê-lo mais tarde», prometeu.
Rosa Ramos