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Solução Tecnológica concebida no IPG com implementação empresarial

O Presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) considera que o corrente ano letivo ficará assinalado, na história deste estabelecimento de ensino superior, pela concretização e formalização do acordo de transferência, para uma empresa, de uma solução tecnológica desenvolvida no Politécnico da Guarda. “Num projeto de investigação do Laboratório de Climatização e Ambiente da ESTG foi desenvolvido o sistema denominado “iAQ”.

Trata-se de um sistema de monitorização ambiental, inovador, de baixo custo, que permite monitorar e analisar, em tempo real, com visualização WEB, diversos parâmetros ambientais de um ou mais espaços. Combinando o baixo custo, com a sensibilidade, flexibilidade e precisão da medição em tempo real, permite uma evolução significativa nos controlos de qualidade vigentes. Nesta fase, o sistema incorpora sensores de temperatura, humidade relativa, CO2, CO e nível de iluminação. Porém, em função das necessidades específicas pode ser dotado de outros sensores”.

O Presidente do IPG comentou que o presente ano letivo fica também marcado pela confirmação da inversão de tendência no que diz respeito à admissão de novos alunos”. Para o IPG, como referiu, entraram 743 novos alunos para os cursos de licenciatura, “o que representa, face ao ano passado, um aumento superior a 30%”. Os Cursos de Mestrado e pós-licenciatura registaram 124 novos alunos enquanto os Cursos Técnicos Superiores Profissionais receberam 180 novos alunos. “Isto significa que entraram, este ano, para os diferentes ciclos de estudo, 1047 novos alunos, representando um aumento superior a 25%, quando comparado com o ano transato”, afirmou o Presidente do Politécnico da Guarda que lembrou ser hoje o corpo docente do IPG “o mais qualificado da história desta instituição”.

Constantino Rei recordou, por outro lado, que tem sido desenvolvida “uma intensa e mais profícua ligação com o tecido empresarial e institucional envolvente”, tendo salientado a criação de dois cursos Técnicos Superiores Profissionais que “visam dar uma resposta imediata e específica a duas empresas, no caso, a ALTRAN, com instalações no Fundão, curso que visa formar técnicos especialistas em Testes de Software, e com a Portugal Telecom, visando a qualificação de técnicos em infraestruturas de redes, cloud e datacenter”.

Referindo-se ao futuro, Constantino Rei comentou que ele dependerá – o futuro desta instituição e da generalidade dos territórios do interior do país e de muitas das instituições nele situadas – “em grande medida, da evolução demográfica.” Apesar do aspeto positivo dos números de estudantes admitidos este ano, o Presidente do IPG acrescentou que durante mais dois ou três anos ainda se possa assistir a resultados similares aos atuais. “Todavia, todas as previsões, nomeadamente as relacionadas com o número de alunos inscritos no ensino secundário e, consequentemente, potenciais candidatos ao ensino superior, apontam para que o efeito demográfico comece em breve a afetar severamente as IES. Temos vivido obcecados com as consequências (do despovoamento do interior), sem refletirmos e agirmos sobre as suas causas”. Daí que o Presidente do Politécnico da Guarda tenha sustentado que “mais importante do que as políticas educativas ao nível do ensino superior, o nosso futuro depende das eventuais políticas demográficas que os nossos governantes desejem ou possam implementar”.

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