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Soito ainda sonhou com a segunda eliminatória da Taça

Equipa do concelho do Sabugal foi afastada da Taça de Portugal pelo Ouriense, que só garantiu a vitória na parte final

Na sua estreia na Taça de Portugal, e apesar de defrontar um adversário de um escalão superior, a Associação Cultural e Desportiva do Soito ofereceu uma boa réplica e só perdeu nos últimos minutos com os ribatejanos do Ouriense. No jogo disputado no Sabugal, Carlos Coelho fez alinhar de início apenas um reforço contra um adversário que na última época se sagrou campeã distrital de Santarém e foi promovido ao Campeonato Nacional de Seniores.

Apenas com nove treinos e ainda sem nenhum jogo de preparação realizado, o Soito viu o Ouriense entrar dominador e apostou em defender bem e em procurar o contra-ataque. Aos 9’, Tiago evitou o primeiro golo dos visitantes ao responder com uma grande defesa a remate cruzado de Miguel Neves. Sete minutos depois, Jorgito desarmou um adversário e serviu João Rito que, de muito longe, tentou aproveitar o adiantamento do guarda-redes do Ouriense, mas o remate saiu ao lado. Aos 20’, o ponta-de-lança raiano desperdiçou uma ocasião soberana para inaugurar o marcador, quando, completamente isolado, permitiu a defesa a Hélio. Passados quatro minutos, após jogada de insistência do Ouriense, Tiago mostrou-se mais uma vez atento ao segurar o desvio de Parracho e, aos 27’, fez nova boa defesa num cabeceamento de Quim Valinho.

Aos 40’ é que o guardião do Soito nada pôde fazer perante o desvio de cabeça de Miguel Neves, que abriu o ativo após aparecer sem qualquer marcação na área depois de cruzamento de Tico na direita. Ainda antes do intervalo, na sequência de um canto, o Soito chegou perto da baliza contrária mas nem Zé Pedro nem Mauro conseguiram rematar. O Ouriense voltou a entrar melhor na segunda parte e esteve perto de fazer o segundo aos 48’, com Tico a rematar por cima. No entanto, os locais foram equilibrando as operações e, aos 55’, quase aproveitaram uma falha na defesa dos forasteiros. Parracho fez um corte deficiente com a bola a sobrar para Mica que acabou desarmado por um adversário e ficou a reclamar grande penalidade. O árbitro nada assinalou e João Paulo acabou por rematar forte, mas por cima.

Dado o primeiro aviso, o Soito chegou mesmo ao empate dois minutos depois. Após um livre na esquerda, João Rito aproveitou uma falha de marcação para cabecear com êxito para o fundo das redes, provocando a festa entre os adeptos presentes no municipal do Sabugal. Esta foi a melhor fase da equipa de Carlos Coelho que, à hora de jogo, desperdiçou uma oportunidade incrível para se colocar na frente do marcador. Jorgito cruzou da direita e João Rito, à boca da baliza, com tudo para marcar, desviou por cima, ficando incrédulo com a perdida. O Ouriense “tremeu” nesta altura e só aos 81’ fez o 2-1, aproveitando também alguma quebra física dos homens do Soito. Lagoa furou pela esquerda e assistiu Zim para fazer o segundo golo. O resultado final foi estabelecido já em tempo de compensação pelo mesmo jogador que aproveitou um ressalto após remate de Miguel Guedes. Trabalho positivo do trio de arbitragem chefiado por Daniel Cardoso.

No final, Carlos Coelho não escondeu que ainda chegou a pensar que seria possível seguir em frente na prova: «Acho que representámos bem e dignificámos a camisola do Soito. Sonhar uma pessoa sonha sempre, embora tenhamos de ter os pés assentes no chão e os meus jogadores sabem que a diferença de ritmo competitivo do Nacional para o Distrital é bastante grande», declarou o técnico.

Ricardo Cordeiro João Rito marcou o golo do Soito e ainda desperdiçou duas excelentes oportunidades

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