O Ministério Público propôs este sábado a alteração da medida coação aplicada ao antigo primeiro-ministro, José Sócrates, de prisão preventiva para domiciliária.
A decisão foi divulgada pelo advogado João Araújo à saída do estabelecimento Prisional de Évora. João Araújo acrescentou que a medida de coação do ex-primeiro-ministro, que se encontra detido preventivamente desde 25 de novembro de 2014, será analisada na terça-feira e que o ex-líder socialista se irá pronunciar sobre a questão.
A decisão cabe agora ao juiz Carlos Alexandre, que não pode aplicar uma medida que seja superior ao que for promovido pelo Ministério Público. Ou seja, no máximo, a prisão domiciliária.
João Araújo criticou a alteração proposta pelo Ministério Público, por considerar que o ex-primeiro ministro não deveria estar sujeito a nenhuma medida de coação. Entretanto, o “Público” e o “Jornal de Notícias” de domingo noticiam que José Sócrates pondera recusar a pulseira eletrónica.
O antigo chefe do Governo foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, no âmbito da “Operação Marquês”. Está indiciado pelos crimes de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção, sendo o único arguido ainda em prisão preventiva neste processo depois do empresário Carlos Santos Silva estar em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, desde o final de maio.