Com a conquista da maioria absoluta na segunda volta das legislativas, o PS passa a controlar tudo em França, desde as freguesias ao topo do Estado.
Com a vitória deste domingo, os socialistas ficaram com o poder político absoluto no país. Já controlavam a maioria das câmaras, dos cantões e das regiões, bem como o Senado e o Eliseu. Agora têm também a maioria na Assembleia Nacional (AN). Antes do escrutínio, o Presidente François Hollande tinha pedido “uma maioria sólida e coerente”. Os franceses deram-lha.
A extrema-direita (Frente Nacional – FN) elegeu dois deputados, mas a líder, Marine Le Pen perdeu por cerca de 100 votos – por 0,22 por cento – no seu círculo eleitoral. Com o regresso ao parlamento, a FN deseja consolidar a imagem de “partido republicano normal e frequentável”, como alguns dirigentes da UMP (direita), caso dos ex-ministros sarkozystas, Nadine Morano e Gérard Longuet, a consideram.
Depois da derrota nas legislativas, a UMP vai entrar num período de grandes turbulências. Com uma guerra de chefes já declarada e sob pressão da extrema-direita, o partido sarkozysta vai entrar numa fase de crise interna, idêntica à que conheceu o PS depois da derrota de Ségolène Royal, em 2007.