P – Como vê a situação do judo no distrito da Guarda? Sabe-se que há muitos clubes com pouca ou nenhuma actividade. Isso preocupa-o?
R – Claro que me preocupa. Ainda há muito para desenvolver ao nível do judo no distrito da Guarda. As pessoas ainda não viram a modalidade num âmbito mais alargado.
P – O que poderia ser feito no sentido de se melhorar esta situação?
R – Deveria ter-se desenvolvido aquilo que não foi feito, nomeadamente trabalhar para a formação dos atletas, de árbitros e monitores, para que haja mais clubes. Só assim é que poderá haver um desenvolvimento efectivo do judo no distrito.
P – Foi recentemente empossado presidente da Associação de Judo do Distrito da Guarda. Quais os principais projectos que pretende desenvolver na colectividade?
R – Pretendemos colaborar com outras entidades, nomeadamente com o Inatel e com outros clubes de outras modalidades, dentro das artes marciais, conjugando algumas acções de formação. Por outro lado, queremos ter uma sede fixa onde possa haver um tapete com uma área que permita a realização de um maior número de actividades.
P – Como encontrou a associação quando assumiu o cargo?
R – A estrutura está montada e foi mantida. De qualquer forma, está quase tudo por fazer.
P – Nesse sentido, quais são as principais carências da associação?
R – Neste momento fazem-nos falta, essencialmente, recursos humanos e um espaço físico que nos dê melhores condições para o desenvolvimento das actividades relacionadas com a modalidade.
P – As autarquias tendem a apoiar mais o futebol, que se destaca relativamente às outras modalidades. Nesse sentido, pensa que os jovens do distrito têm aderido ao judo?
R – Eu acho que sim. O distrito tem grande potencial e o judo, como é uma modalidade organizada e federada, também tem determinadas verbas que lhe estão destinadas. Agora, os responsáveis têm que trabalhar primeiro com o dinheiro que têm e mostrar resultados, para depois terem mais justificações para pedir mais apoios. O que muitas vezes acontece é que se pede antes de se fazer e depois nem se apresentam os comprovativos da realização desta ou daquela actividade.