O novo sistema de chamada dos bombeiros da Guarda para as situações de emergência permite mobilizar 20 voluntários em poucos segundos sem incomodar a cidade. É que o toque da sirene, instalada na Torre dos Ferreiros, em pleno centro, tem os dias contados devido à nova Lei do Ruído. Em substituição, os voluntários vão ser avisados por mensagens SMS enviadas para os seus telemóveis sempre que sejam necessários reforços.
O sistema tem vindo a ser testado com sucesso e está pronto a funcionar. «Era bom que pudesse ser activado no aniversário da corporação [a 5 de Agosto], mas falta assinar o protocolo com a autarquia e uma empresa especializada para avançar», acrescenta Luís Santos, para quem a Guarda «não é propriamente uma aldeia, onde todos são facilmente contactáveis». O comandante não poupa elogios ao método, que funcionará apenas para as situações de reforço, destacando sobretudo a sua eficiência. «É um meio rápido de chamar o pessoal em situações de emergência e com menos faltas aos serviços voluntários, porque temos a certeza que as pessoas receberam as mensagens», refere, acrescentando que tanto dá para mobilizar uma pessoa como uma secção inteira em 30 segundos. E na fase experimental, testada em acidentes e outras situações, a resposta dos “soldados da paz” avisados foi «cem por cento correspondida».
Além disso permite baixar «um bocado» a factura das telecomunicações, estimando-se que o serviço implique custos da ordem dos 800 a 900 euros por mês. Contudo, a autarquia vai suportar parte das despesas no âmbito de um acordo que garante o pagamento de 10 cêntimos por cada mensagem enviada, com limite de mil mensagens escritas por mês. O protocolo vai ser assinado no 131º aniversário da Associação Humanitária guardense. Entretanto, já está a funcionar um site dos bombeiros da Guarda, onde os voluntários podem aceder as escalas e informação diversa.
