O SkyGu@rdian, aeronave não tripulada que o departamento de Ciências Aeroespaciais da Universidade da Beira Interior (UBI) está a desenvolver, em cooperação com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), e uma empresa da Marinha Grande, a Plasdan, estará pronta a voar em Fevereiro.
O protótipo do Unmanned Air Vehicle (UAV), ou aeronave não tripulada, começou a ser desenvolvido em 2002 com o objectivo essencial de produzir uma aeronave mais leve, mais barata e que possa ser controlada à distância. A ideia é substituir aeronaves de porte maior e mais caras por causa dos custos de manutenção e de combustível, para além da necessidade de um piloto experiente. Poderá mesmo ser a solução para reduzir os custos na vigilância das costas, florestas ou tráfego. Para isso, adoptar-se-ão dois modos de controlo à distância: o sistema autómato, em que um programa de computador guia o aparelho até ao destino, ou então, através da «pilotagem à distância» com um monitor ou um joystick, apenas utilizado para a «aterragem e descolagem da aeronave», esclarece Pedro Gamboa, coordenador do projecto na UBI. Como não foi aprovado pela Agência de Inovação, tem sido o consórcio a suportar o financiamento do SkyGu@ardian, cujo valor total deverá rondar os 25 mil euros. É a primeira vez que um UAV é construído para ser comercializado, pelo que a sua concepção contou com uma equipa multidisciplinar e dividida por tarefas. A equipa da UBI, constituída no seio do departamento de Ciências Aeroespaciais, teve a seu cargo a concepção da aeronave, nomeadamente no que diz respeito à aerodinâmica e desempenho, tendo como critérios a qualidade do voo, sistema de controlo, ensaios e desenvolvimento do “software”. Por sua vez, a ESTG de Leiria desenvolveu, através do curso de Engenharia Electrotecnia, os sistemas de controlo, a aquisição de imagens e de outros dados, enquanto que o departamento de Engenharia Mecânica se encarregou da selecção de materiais e técnicas de produção. À Plasdan, empresa ligada ao sector de moldes para plástico e ferramentas, coube a gestão do projecto, produção de ferramentas e da plataforma de comunicação colaborativa.
