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Sistema de incentivos à produção negociado no CHCB

Nas próximas semanas, os 23 serviços das unidades da Covilhã e Fundão vão negociar os valores a receber pelo aumento da produtividade

A administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) vai começar a negociar, após a Páscoa, o sistema de incentivos à produção com os 23 serviços dos hospitais Pêro da Covilhã e do Fundão, depois de terem sido apresentados aos 1.200 profissionais no final da semana passada.

Tal como os restantes hospitais S.A., o CHCB vai passar a premiar cada profissional até 20 por cento a mais do seu vencimento consoante a produtividade. Esta é uma forma de implementar uma cultura de mérito junto de quem mais trabalham, como factor de motivação para «melhorar a prestação quantitativa e qualitativa do hospital» e «envolver toda a máquina hospital nos objectivos» que a unidade pretende alcançar em 2004, salienta Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do CHCB. Os valores dos incentivos a atribuir aos vários profissionais ainda não estão definidos, o que deverá acontecer até ao final deste mês. Estes montantes, que serão pagos de forma anual, semestral ou trimestral, «servem como alento para que todos os funcionários e auxiliares tenham o máximo de atenção» para um atendimento com qualidade ao utente. É que «não são só os objectivos quantificáveis» que estão em causa neste novo sistema, «mas também os qualitativos», sublinha Miguel Castelo Branco. Daí que, «para não haver riscos», a administração do CHCB estabeleceu como tecto máximo de remuneração os 120 por cento.

Para além disso, a própria unidade terá «mecanismos de protecção e de controlo da qualidade», como a medição das taxas de reinternamento. «Se um médico der alta a um doente prematuramente apenas para receber um incentivo, e se esse doente voltar a ser reinternado, o incentivo é anulado», avisa Miguel Castelo Branco, rejeitando desta forma o decréscimo da qualidade do serviço prestado por causa destes incentivos. O processo de acreditação do hospital em qualidade será também determinante para assegurar um serviço «que saiba responder com tempo e adequação aos problemas das pessoas, mas com qualidade», assegura o responsável. Além do sistema de incentivos, o CHCB pretende ver ainda definido durante este mês o contrato-programa de financiamento do hospital a celebrar com o Ministério da Saúde e que no ano passado ascendeu aos 43 milhões de euros.

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