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SETI@HOME

Mitocôndrias e Quasares

Apesar de a busca de vida extraterrestre parecer um tema de ficção científica, os cientistas têm mostrado uma grande motivação para perceber se existe alguma forma de vida fora do nosso planeta.

Um dos projetos com maior impacto nesta área de investigação chama-se SETI – Search for Extraterrest Intelligence), sendo constituído por várias linhas de investigação que vão desde a análise de sinais eletromagnéticos captados por diversos radiotelescópios ou enviando diferentes tipos de mensagens para o espaço. Contudo, até 2010 não se detetou qualquer tipo de mensagem com uma inequívoca origem extraterrestre.

Esta tentativa de procurar vida extraterrestre não é de agora, já na década de 1970, a NASA tinha patrocinado os primeiros estudos sobre esta temática. Mas regressando à atualidade, um dos principais estudos realizados recentemente é o SETI@HOME, apoiado por milhões de pessoas no mundo que, com os seus computadores, processam os dados recebidos pelo radiotelescópio de Araacibo, localizado em Porto Rico.

O projeto SETI fez disseminar a ideia de “computação distribuída”, uma vez que foi concebido e desenvolveu-se graças a um programa chamado BOINC – Berkeley Open Infrastruture for Network Computing) que é executado no computador do utilizador. O BOINC age como um cliente de projetos e o SETI é um deles.

Mas o programa SETI não é o único implementado pelas grandes potências na tentativa de encontrar vida fora do nosso planeta. Um outro projeto designado por – Mensagem de Arecibo – consistiu no envio de uma mensagem a partir desse radiotelescópio, a 16 de novembro de 1974, quando se comemorou a sua remodelação. A mensagem tinha um comprimento de 1679 bits e foi enviada na direção do enxame de estrelas M13 (objeto nº13 do Catálogo de Messier de objetos celestes). Este objeto celeste, situado na direção da constelação de Hércules, a uma distância de cerca de 25 000 anos-luz, é formado por cerca de 400 000 estrelas. A mensagem continha informação sobre a situação do Sistema Solar, da Terra e do ser humano, e foi elaborado por Frank Drake, Carl Sagan e outros.

A esperança dos cientistas é que alguém consiga descodificar a mensagem e enviar uma resposta como prova da sua existência.

Mas haverá alguma forma de vida extraterrestre?

Uma parte cada vez maior da comunidade científica está inclinada para considerar que pode existir alguma forma de vida extraterrestre em lugares onde as condições sejam propícias, apesar de no geral se considerar que, provavelmente, tal vida existe apenas sob formas básicas. Especula-se que as formas de vida extraterrestre vão desde as bactérias, até outras formas mais evoluídas, que podem ter desenvolvido inteligência de algum tipo.

A vida na Terra requer carbono, hidrogénio, azoto, enxofre e fósforo, assim como minerais e também água, como solvente onde têm lugar as reações. Uma quantidade suficiente de carbono e de outros elementos constituintes da vida, juntamente com a água, tornaria possível a formação de organismos vivos em outros planetas com uma química, uma pressão, e uma temperaturas que se assemelhem à Terra. Para esta pesquisa ser mais eficiente, resta saber onde se encontram esses planetas…

Por: António Costa

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