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Serranos “congelaram” Portimonense

Sporting da Covilhã regressou aos triunfos e subiu para o quarto lugar

O Sporting da Covilhã conquistou, no passado dia 21, uma importante vitória na Liga de Honra ao bater o Portimonense pela margem mínima. Foi uma despedida em beleza de 2005, já que os serranos regressaram aos triunfos após cinco partidas sem conhecerem o sabor da vitória.

Com este resultado, o Covilhã ascendeu ao quarto lugar da classificação, onde se juntou ao Portimonense e ao Desportivo das Aves. Apesar de ausências importantes, como as de Cunha, Oliveira, Sérgio Rebordão e Piguita, a equipa de João Salcedas nunca se mostrou inferior ao adversário, que se apresentou na Covilhã com a vice-liderança do campeonato. Coube ao clube de Portimão o primeiro lance de perigo, logo aos 10’, com Artur Jorge Vicente a servir Cavaco na área, mas o cabeceamento saiu por cima da barra. Os locais apostaram de início numa estratégia de contra-ataque, mas os algarvios também não arriscavam muito e, durante a primeira meia-hora, o jogo não teve grandes motivos de interesse. Mas aos 36’, na primeira oportunidade de que dispôs para visar a baliza do adversário, o Covilhã não perdoou. Luizinho serviu Sanussi na direita, que, depois de perder ângulo de remate, passou para Pimenta. O avançado concretizou com um remate seco, sem hipóteses para Fouhami. O Portimonense não reagiu, apesar de Cavaco ter aparecido em boa posição na área, mas o remate saiu por cima da baliza de Serrão.

Na segunda metade, o Covilhã entrou muito bem e, aos 49’, ampliou a vantagem. Canto de Pimenta na direita, com Paulo Campos a surgir à entrada da pequena área e a não perdoar. Diamantino Miranda foi então obrigado a mexer na equipa e as entradas de Rui Baião e Welington acabaram por trazer novo espírito aos algarvios. Mas foi de novo o Sporting a criar perigo, quando Banjai, na sequência de um canto, atirou para defesa difícil de Fouhami. Aos 68’, durante o melhor período dos algarvios, Marinho esteve perto do golo, só que o remate saiu rente ao poste. Até que a um quarto de hora do fim, o Portimonense conseguiu reduzir. Rui Morais perdeu o esférico em zona proibida e Welington aproveitou para o colocar na cabeça de Rui Baião, que não falhou. Faltava ainda muito tempo, mas, aos 83’, Milton foi travado em falta por Rui Ribeiro quando saía para o contra-ataque, pelo que o jogador do Portimonense viu o segundo amarelo e consequente ordem de expulsão. Dois minutos depois, o Covilhã dispôs de uma oportunidade soberana para matar o jogo, mas Nii Amo, após roubar a bola a Fouhami, fez o mais difícil e atirou ao lado. Aos 94’, com o Portimonense em desespero na procura do empate, Cláudio também teve tudo para marcar, mas preferiu assistir Paulo Campos em vez de rematar enquanto um defesa local resolveu o problema. Arbitragem muito positiva, com apenas alguns erros, mas sem influência no resultado final.

No final do encontro, Joanito, adjunto de João Salcedas, referiu que a vitória do Covilhã foi «justa». Já Diamantino Miranda, treinador do Portimonense, afirmou que a sua equipa «não foi humilde no primeiro tempo», mas que na etapa complementar, pelo que «arriscou», merecia um ponto.

Francisco Carvalho

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