Em equipa vencedora não se mexe. Por isso a Lista C, liderada por Sérgio Pinto, à presidência da Associação Académica da Guarda (AAG) voltou a candidatar-se e ganhou. Na oposição esteve Miguel Frederico, mas este desistiu cinco minutos antes do fim da campanha eleitoral. O segundo mandato do estudante de Comunicação e Relações Públicas da ESEG será «calmo e sem grandes euforias, para se chegar ao fim com os sonhos cumpridos e tudo liquidado», promete o vencedor.
O resultado não surpreendeu Sérgio Pinto, que admite que a sua reeleição foi uma «grande prova de confiança dos estudantes». Apesar da desistência da lista adversária cinco minutos antes da meia-noite no último dia de campanha, a comissão eleitoral entendeu levar as duas listas a sufrágio: «O que se verificou foi que ganhámos por 80 por cento, por isso estou bastante satisfeito», acrescenta o recém-eleito. Quanto ao abandono do outro candidato, o reeleito presidente da Associação Académica diz desconhecer os motivos, mas presume que «tenham sido divergências dentro da própria lista», atira. Seja como for, «uma batalha está ganha», considera Sérgio Pinto, que tentou reanimar o associativismo académico no IPG desde do primeiro mandato. E desta vez teve oposição, «apesar de esquisita e diferente», adianta. Uma das suas principais preocupações prende-se agora com a provável criação da Escola Profissional nas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão: «Reprovamos o que se está a tentar fazer com uma escola superior, porque os dois ensinos não devem ser confundidos», defende o líder dos estudantes, que não vê com bons olhos o projecto.
Outra das suas inquietações é a fraca adesão dos alunos ao ensino politécnico, a tal ponto que prevê «um futuro difícil» para o IPG, um cenário que promete «combater com todas as nossas armas». Do plano de actividades na nova AAG constam diversos projectos, «o de maior relevo será a criação, pela primeira vez, de uma Plataforma de Apoio Social», realça Sérgio Pinto, que se impõe como uma estrutura com alguma flexibilidade para os alunos mais carenciados. Depois da elaboração de um estudo com dados da Acção Social, será feito outro mais detalhado «para sabermos quais são os alunos que realmente precisam de apoio», explica. Trata-se de uma estrutura que poderá disponibilizar vários serviços e bens aos estudantes, como fotocópias a custo zero ou trajes académicos mais baratos, entre outras facilidades. E há mais projectos, como o Círculo de Solidariedade Social, a Feira de Emprego, «a única proposta não concretizada no último mandato», o Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais, a CulturAAG, a reestruturação dos serviços em função da nova sede, a utilização assídua do auditório com ciclos de conferências, “workshops” e tertúlias. Trata-se de um mandato com uma nova política: «Vamos ter mais calma!», pois «há muito dinheiro retido» tanto na Câmara da Guarda, como na Federação Académica de Desporto Universitário, «o que dificulta as nossas movimentações», acrescenta. Entretanto já está a ser pensada a Semana Académica e «há a hipótese de trazer uma banda internacional à cidade da Guarda», revela Sérgio Pinto.
Patrícia Correia