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«Ser campeão nacional não é fácil, sobretudo sem os meios que outros cavaleiros dispõem em Lisboa ou Porto»

Cara a Cara – Entrevista: Francisco Mendes Rosa

P – O que sentiu por se ter sagrado campeão nacional de juvenis da modalidade de saltos de obstáculos da Federação Equestre Portuguesa?

R – Uma enorme satisfação por ver recompensados os meus esforços e o meu trabalho. Este triunfo resulta, sobretudo, da minha dedicação e da aposta que o meu treinador, o professor Pedro Manso, fez em mim e da ajuda da minha família.

P – Ficou surpreendido com o seu triunfo?

R – Como estava a obter bons resultados nas provas nacionais, todos me diziam que iria ter uma boa prestação, mas não há vitórias antecipadas e por isso entrei em pista com uma enorme humildade e respeito pelos restantes cavaleiros. No entanto, ser campeão nacional não é fácil, sobretudo, se não se tem os meios que os outros cavaleiros dispõem em Lisboa, Porto ou Portimão.

P – Como recebeu a proposta da “Rigoleto” para ser a sua patrocinadora oficial?

R – Fiquei muito sensibilizado, mas é uma enorme responsabilidade representar essa marca. A única coisa que posso prometer é trabalho e dedicação.

P – Quer fazer carreira no hipismo?

R – Sim, gostaria muito. Mas estou ciente de que viver do hipismo em Portugal não é fácil.

P – Quais são os seus objectivos futuros na modalidade?

R – Não tenho tanto objectivos competitivos, mas sim de entrega e prática continuada deste desporto. O resto virá por acréscimo. Entretanto, irei participar nas provas nacionais de salto de obstáculos e estou neste momento a preparar-me para a Taça da Juventude no Hipódromo do Campo Grande, em Lisboa.

P – Considera que a região tem boas condições para a prática do hipismo?

R – Definitivamente não. Sempre que queremos ter acesso a eventos, materiais ou acompanhamento veterinário mais específico, temos que nos deslocar a Lisboa. No hipismo, a interioridade também se faz sentir. Daí que eu considere que esta vitória também é um triunfo do interior.

Francisco Mendes Rosa

«Ser campeão nacional não é fácil, sobretudo
        sem os meios que outros cavaleiros dispõem em Lisboa ou Porto»

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