O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) contestou a cessação de contratos com cinco enfermeiros da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda.
Em comunicado, o sindicato revela que o Ministério da Saúde/Administração Central do Sistema de Saúde tem arrastado a situação de renovação de contratos. Para o SEP, este é um quadro «totalmente inadmissível», uma vez que «na ULS existe uma enorme carência de enfermeiros», adiantando que para além destes profissionais «existem dezenas com contrato a termo e em regime de subcontratação». Nesse sentido, o SEP «exige que os enfermeiros cujo contrato terminou a 19 de março sejam readmitidos com um contrato por tempo indeterminado, enquanto os que se encontram em regime de subcontratação passem a deter também um contrato por tempo indeterminado». Na passada quinta-feira, o sindicato alertou para a falta de enfermeiros na ULS da Guarda e indicou que são necessários mais 65 profissionais para prestar um bom serviço à população. «A maior dificuldade reside no Orçamento do Estado e na abertura de um concurso e de vagas para que estes enfermeiros sejam contratados», disse Ricardo Correia, dirigente da Direção Regional da Beira Alta do SEP, no final de uma reunião com o deputado do PS Santinho Pacheco, eleito pelo círculo eleitoral da Guarda.
A audiência decorreu no salão nobre do antigo Governo Civil da Guarda. «Vou entregar um relatório da situação ao grupo parlamentar do PS na Assembleia da República que, depois, o fará chegar ao ministro da Saúde», disse Santinho Pacheco. O Ministério da Administração Interna autorizou o deputado, que foi o último governador civil da Guarda, a ocupar um espaço no edifício do Largo Frei Pedro, onde funcionou o Governo Civil, para receber os eleitores e outros responsáveis do distrito.