Está prestes a iniciar o ano lectivo 2009/2010. O movimento da cidade vai começando a aumentar após o sempre e também movimentado mês de Agosto.
Com o início do ano lectivo observam-se no nosso concelho as intermináveis promessas de construção de centros escolares. Aliás era interessante espreitar as edições dos jornais dos anos passados e particularmente deste mandato autárquico para sorrirmos um pouco e valorizar a capacidade de desenrascanço dos actores principais do processo autárquico no que à educação se refere soletrando sempre a palavra verdade e compromisso de honra.
Na falta de salas de aula na malha urbana está exactamente a medida do fracasso da governação rosa na Câmara Municipal da Guarda.
Desde sempre governam, há estudos prospectivos, investiu-se na carta educativa e mesmo assim com todo o historial conhecido deixam-se ficar para trás e ainda ostracizam os nativos locais quando não conseguem ter a capacidade de persuasão suficiente para ver aprovado um dos projectos, de requalificação escolar fundamental como o é o da escola da Guarda – Gare, prometido pelos do costume desde 2001. Muita paciência continua a existir para as tropelias camarárias no que a este sector se refere.
Com anúncios atrás de anúncios e palavras sobre palavras instala-se ainda o vazio da obra findo praticamente o mandato autárquico.
E aqui realmente era precisa obra física não a primeira ou segunda pedra mas antes a chave na mão para nova escola estrear…
Nem me permito cansar o leitor a relatar-lhe o bocejo das políticas de educação para o concelho que devia ser líder no contexto do distrito apenas é mais um igual a todos os outros …
As eleições legislativas
Aproxima-se também a campanha eleitoral para as eleições legislativas. Uma escolha tremenda num tempo também ele tremendo.
Cuida-se em escolher quem pode efectivamente melhor governar em Portugal. Também se cuida em construir uma decisão com relação a um passado próximo, isto é, o período da governação que está prestes a findar confrontando o que se prometeu com o que foi realizado e também o modo como se soube utilizar uma clara maioria absoluta.
Sejamos claros, caro leitor, a estabilidade governativa não sendo em si a chave para todos os males é pelo menos a garantia de alguma e efectiva alteração estrutural. O PS que governou ancorado numa maioria absoluta consegue a proeza de fazer crer a todos nós que a estabilidade governativa é um pormenor quando comparada com o seu inverso.
Não confundindo estabilidade governativa com maioria absoluta sabemo-lo pela nossa história recente qual a década onde Portugal consegue crescer, consegue desenvolver-se e convergir com os seus parceiros europeus, E fê-lo num tempo de maioria absoluta com reacções também menos positivas de várias classes profissionais mas nunca se chegou ao caos, à descrença e aos resultados que hoje verificamos, desde logo na pouca ou nula vontade em acreditar na capacidade dos políticos em agir convenientemente e no interesse geral.
Por cá, por exemplo, não é muito fácil esquecer o folhetim das escolhas socialistas para a lista de deputados pelo círculo eleitoral da Guarda…
Convenhamos que esta “proeza” socialista é outro aspecto muito negativo da sua governação.
Os cidadãos estão pouco optimistas seja em relação ao partido de poder seja na eventualidade de conseguirem apostar noutra maioria…Poderemos vir a ter o somatório de todas as minorias.
Preocupa-me depreender, do que leio, as consequências dum eventual período de instabilidade, dum tempo marcado por um vazio governativo em que os assuntos são empurrados e não resolvidos.
Portugal já experimentou várias soluções governativas e quero acreditar como militante social-democrata que o conhecimento, o saber adquirido e acumulado, que a lisura de comportamentos e atitudes, que toda a sua história pessoal e política possam conferir outra dignidade ao exercício da liderança do governo nacional sendo a opção maioritária dos portuguesas por Manuela Ferreira Leite, mesmo numa solução governativa de minoria parlamentar.
Respeitar – mesmo em situação desfavorável, como o é um governo minoritário – o resultado eleitoral é uma obrigação que se impõe e deve ser mesmo desafiadora com particular ênfase para o PSD cujo percurso histórico é um bom pretexto para garantir outra confiança aos portugueses.
Integro o conjunto de cidadãos que já só sorri às baboseiras, ao cansaço ou ao contra-terrorismo verbal utilizado pelos nossos governantes. Realmente não compreendo como pode por exemplo ouvir-se o que foi escutado da Exmª. Ministra da Saúde.
Era necessário, foi justa na observação, qual era a verdade afinal, quando o percurso mediático deste governo nos mostra ser possível tudo ao mesmo tempo. Recordo-me das crianças “alugadas” na escola para mostrar uma qualquer iniciativa governamental.
Afirmações infelizes todos – podemos proferir inclusive – os membros do governo mas mandam os princípios que haja no mínimo uma explicação, um acerto com a verdade o que ficou por fazer sem percebermos o que se passou…
Noutros tempos político-informativos, tinham-se desenvolvido fóruns radiofónicos, programas de televisão e vários articulistas já se tinham alardeado em considerações avulsas sobre a pesporrência de quem nos governa.
Vai iniciar-se a campanha eleitoral que aliás é notória na governação desde os meados do ano e acelerada também pelo governo após conhecidos os resultados eleitorais das eleições europeias.
Pede-se essencialmente a participação dos cidadãos no dia de 27 de Setembro, e que o voto em branco e a pouca afluência às mesas de voto não sejam a nota dominante eis o meu sincero voto para aquela data.
A decisão final compete à consciência de cada um dos leitores.
Por: João Prata*
* Presidente da concelhia da Guarda do PSD
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