Ao contrário do inicialmente previsto, a Câmara Municipal da Guarda vai ter que abrir um concurso público internacional para adjudicar os trabalhos de instalação de semáforos limitadores de velocidade em várias artérias da cidade. Tudo porque se trata de um projecto «cuja componente é de aquisição de bens» e que envolve «montantes elevados», cerca de 300 mil euros (60 mil contos), explica Esmeraldo Carvalhinho, vereador responsável pelo Trânsito na autarquia guardense.
Desta forma, o projecto sofreu um ligeiro atraso, com o começo dos trabalhos a estar, agora, previsto para o início do próximo ano, enquanto a conclusão deverá acontecer até ao final do primeiro trimestre, contrariando a primeira data apontada, que era Fevereiro. Recorde-se que a autarquia guardense decidiu em Agosto avançar para a instalação de semáforos limitadores de velocidade em algumas ruas da cidade propícias a maiores velocidades, com o intuito de obrigar os condutores a “levantarem o pé” dentro da área urbana. Carvalhinho adianta que a obra vai «imediatamente para concurso» para que no início de 2004 os trabalhos, que se prevêem «muito rápidos», possam avançar. O projecto de semaforização da cidade visa «resolver os problemas que temos de excesso de velocidade em determinadas artérias que, pela sua configuração, perfil e pavimento, permitem velocidades muito superiores às permitidas na zona urbana», dizia o vereador em Agosto. Juntamente com a colocação dos semáforos, e dentro do orçamento previsto de 300 mil euros, a edilidade vai proceder à colocação de vários painéis electrónicos em algumas zonas da cidade, de forma a «advertir os condutores de que circulam em excesso de velocidade», concluiu.
Esmeraldo Carvalhinho realçou que à excepção do chamado cruzamento da Sequeira, que tradicionalmente apresenta «conflitos» de tráfego, os semáforos não serão instalados em qualquer outro entroncamento, já que aqueles que serão colocados «servirão apenas e só para redução de velocidade. Não vamos criar mais filas de trânsito na cidade e não haverá paragens do fluxo de trânsito nos cruzamentos», garantiu. Algumas das artérias “contempladas” com a instalação destes sinais luminosos são as Avenidas de São Miguel, Sá Carneiro, Cidade de Waterbury, José dos Santos, Rainha Dona Amélia, bem como a recta do Bairro do Pinheiro. Zonas que proporcionam uma «maior aceleração» para “travar” os aceleras e evitar «condições de insegurança», sublinhou. Esta medida decorre, por outro lado, do facto da colocação de lombas, como sucede em vários locais, ser ilegal. Mas a autarquia está «convencida e consciente» que as lombas utilizadas, por exemplo, na Avenida Rainha Dona Amélia foram uma «boa» solução, porventura «um pouco mais radical do que muitas pessoas poderiam esperar», reconheceu Carvalhinho.