Apresentada a semana passada, a Bolsa de Turismo de Seia (BTS) vai decorrer entre os dias 27 e 29 de julho e vai ocupar o lugar da antiga FIAGRIS – Feira Industrial, Comercial e Agrícola do concelho, cuja última edição decorreu em 2010. O evento focalizado na oferta turística resulta de uma parceria entre a autarquia senense, o Núcleo Empresarial da Região da Guarda (NERGA), a Associação Empresarial da Serra da Estrela (AESE) e a Associação de Artesãos da Serra da Estrela (AASE).
A primeira Feira de Turismo do concelho de Seia vai decorrer no Parque Municipal, no Gimnodesportivo Municipal 1 e espaço circundante, tendo acesso gratuito. O autarca senense explicou que «em 2011 não houve FIAGRIS porque o modelo estava esgotado e havia dificuldade em captar público. Era um modelo caro, com custos a rondar os 250 mil euros e que não tinha o necessário retorno». Carlos Filipe Camelo frisou que «os tempos que agora vivemos exigem outro rigor», enaltecendo a importância da parceria estabelecida entre as quatro entidades envolvidas na organização da BTS que, «pensando em conjunto», vão permitir que Seia volte a viver «alguns dias de festa». Sobre as verbas envolvidas na organização da BTS, o autarca senense disse que «os valores ainda não estão orçamentados», mas serão consideravelmente inferiores aos da FIAGRIS, até porque «a animação musical irá ser assegurada por artistas locais».
Já o presidente da AASE, João Mário Amaral, realçou que a BTS representa «uma mudança de paradigma», pelo facto de «deixarmos de ter uma feira generalista, para passarmos a ter um evento dirigido a um sector estratégico para todos nós». Salientou também a ambição de «promover este território» e de «dar alento a todos aqueles que, nesta região, trabalham no setor do artesanato». Por seu turno, João Alves, da delegação de Seia/Gouveia do NERGA sustentou que «o turismo na Serra da Estrela é um setor com dinamismo e continua a ser o que nos diferencia no país. Detemos particularidades únicas que é preciso mostrar e que vão além do cenário de neve». Por último, Pedro Sousa, da AESE salientou que a BTSeia «é o resultado de um trabalho debatido há muito tempo entre os intervenientes. Trata-se de uma região onde as indústrias são diminutas e que em termos empresariais, as existentes, estão ligadas à questão do turismo, do artesanato e dos produtos regionais», reforçou.