O Foz Côa ascendeu à liderança do Distrital da Guarda após vencer em Seia por 5-0, numa partida presenciada por cerca de 100 espetadores.
Os serranos tiveram 20 minutos de muita qualidade, com Sabry, Luís Carlos, Alex e Nogueira acima da média. Mas tudo mudou aos 26’. O Foz Côa, que apresentou futebol de contra-ataque, desceu até à grande área contrária e o senense Rodrigo, desconcertado, fez falta na disputa de bola com Bruno Coutinho. Peremptório, Rui Fernandes assinalou penálti e mostrou o cartão amarelo ao defesa. Encarregado da marcação, o avançado fozcoense inaugurou o marcador. De seguida, Rodrigo travou-se de razões com o árbitro e este não se fez rogado, indicando-lhe o caminho dos balneários. Em dupla desvantagem, César Fernando não era um treinador feliz, já que mais nada voltou a sair bem à sua equipa como nos primeiros 20 minutos. Antes do intervalo, o treinador fez recuar um dos seus avançados para compensar a ausência do defesa expulso.
E voltou a mexer na equipa logo após a marcação do segundo golo do Foz Côa aos 58’, por Soares. O técnico fez então entrar Vasco e Rui Mota para os lugares de Wilson e Alex, mas pouco ou nada resultou com estas alterações. Se no Seia as “coisas” não resultavam, as apostas dos visitantes davam mais resultado, jogando com mais um elemento e apostando claramente no contra-ataque desdobrado. Com uma linha avançada de três elementos, com a entrada de Sardinha, os fozcoenses conseguiram muitos espaços em terrenos proibidos e aproveitaram para golear. Aos 72’, Sardinha fez o terceiro – em posição irregular –, concluindo uma jogada magistral conduzida por Bruno Coutinho. Os locais acusavam cada vez mais os golos, mas não viraram a cara à luta, o que, por vezes, resultou numa defesa menos guarnecida para tentarem o golo de honra, que bem mereciam.
Por sua vez, o Foz Côa aproveitou tudo o que lhe era oferecido e voltou a marcar aos 85’ e 86’, por Melita e Silva, fixando o resultado em 5-0. A equipa de arbitragem, chefiada por Rui Fernandes, esteve em bom nível, embora haja dúvidas no terceiro golo do Foz Côa e na expulsão de Rodrigo.
Arlindo Marques e António Silva
