O Instituto de Ambiente avisou a Câmara da Covilhã, na semana passada, que vai colocar em discussão pública, até 10 de Julho, a avaliação de impacte ambiental da construção da Barragem da Ribeira das Cortes..
A infraestrutura, vulgarmente designada por Barragem das Penhas II, deverá ser construída num terreno acima do edifício do Sanatório dos Ferroviários e terá como funcionalidade o abastecimento de água potável, produção de energia hidroeléctrica e reserva de água para combate a incêndios. A sua albufeira deverá ter capacidade para fornecer seis milhões de metros cúbicos de água por ano e abastecer uma população de 60 mil habitantes em 2028. A barragem será concessionada a uma empresa, que se encarregará de a «projectar, construir e explorar todas as componentes do projecto», disse o vereador Luís Barreiros, visto tratar-se de um investimento «demasiado elevado» para a autarquia. Recorde-se que cinco empresas concorreram ao concurso público para a constituição de uma sociedade de capitais mistos no domínio das energias, lançado pela autarquia em Dezembro último. A nova empresa terá por base o aproveitamento energético do concelho, onde se inclui a construção das duas novas barragens – a segunda das Penhas da Saúde e a da Atalaia/Teixoso. Encarregar-se-á ainda da construção de uma nova adutora, do aumento da capacidade da albufeira do Viriato e da instalação de outros equipamentos relacionados com as energias renováveis.