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Sede das Conferências de S. Vicente “presa” na Câmara da Guarda

Depois da aprovação do IPPAR, o projecto espera “luz verde” da autarquia há mais de dois anos

A recuperação de uma casa no Centro Histórico da Guarda, que dará lugar à sede das Conferências de S. Vicente de Paulo, até agora sem local para trabalhar «condignamente», ainda não vai arrancar este Verão. Ao contrário do desejado pelos responsáveis, que em Maio último avançaram a “O Interior” que a obra começaria durante estes meses, talvez nem no Inverno avancem.

O projecto, que nessa altura esperava apenas aprovação do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), ficou novamente “preso” na autarquia da Guarda. Segundo António Coimbra, presidente da Conferência de S. Vicente, «foi-nos exigido pela Câmara Municipal uma memória descritiva do edifício, das diferentes salas e de todas as actividades previstas». Um conjunto de requisitos que deve ser novamente avaliado pela edilidade e posteriormente reencaminhado para o IPPAR para novas apreciações, o que vai atrasar «ainda mais» o processo que está à espera há mais de dois anos para ver a “luz do dia”. O responsável não entende o porquê de tantos atrasos, já que «esta obra não tem fins comerciais nem lucrativos», apenas se destina para uso da fábrica da igreja.

Situada no Passo do Biu, entre a futura sede da Ordem dos Médicos e a Loja do Concelho, em pleno “coração” da cidade, o projecto pretende sobretudo «valorizar e dar utilidade a espaços que estão abandonados, promovendo actividades para toda a sociedade», explicou Coimbra, realçando que este não é o único projecto que se encontra neste impasse. «Este procedimento da autarquia está a atrasar outros projectos com o mesmo valor e intenção de valorizar o Centro Histórico», critica o responsável, que, ainda assim, mantém alguma esperança em que «pelo menos até Outubro seja dada “luz verde” para avançarmos com as obras». Recorde-se que a casa foi oferecida em tempos por uma família à Conferência da Sé, uma das cinco existentes na Guarda, podendo vir a ser um espaço para dar apoio a todas elas, para reunirem, guardar géneros alimentícios, que vão recebendo de instituições e particulares, e servir ainda a comunidade com aluguer de salões. O projecto já estava elaborado há mais de dois anos, tantos quantos conta a demolição, mas a intervenção acabou por ser embargada, tendo o projecto ficado «mais de um mês» nos gabinetes da autarquia, para onde parece ter voltado.

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