«Ultrapassar esta fase de lamento e partir para uma nova etapa de confiança e esperança». Esta foi a principal ideia deixada pelo Governador Civil da Guarda, na última terça-feira, na tradicional mensagem de Ano Novo. Santinho Pacheco disse haver, «hoje, sinais claros de que o pior já está a passar».
Analisando o passado, o Governador Civil fez questão de lembrar que o ano de 2009 no distrito, como no mundo, «ficou marcado pelos efeitos da maior crise económica e financeira das últimas décadas». Fez também referência à grande percentagem de emigrantes e de jovens que saem do distrito para o litoral, bem como ao encerramento de escolas e a construção da lares de terceira idade, levando à «apreensão e ao desânimo». Para o futuro, e sublinhando as «potencialidades» da região, Santinho Pacheco deixou o apelo: «Não vamos agora vacilar e desistir». Na sua opinião, «a execução de grandes investimentos públicos e as intervenções mais locais atestam bem a aposta do Estado em contribuir para o relançamento da actividade económica». Nesse sentido, a «aposta na economia real e no reforço da promoção social» serão as metas a alcançar, através do «apoio aos agentes económicos, relançamento da actividade agrícola», transformando o turismo «numa verdadeira indústria do século XXI».
Por parte do Governo Civil, o desafio para 2010 será promover a «marca Guarda», com destaque para a tríade Raia–Estrela–Douro, «enquanto referência de qualidade na certificação do que é autêntico e genuinamente nosso», destacou. De notar que Santinho Pacheco também aproveitou a sessão para deixar uma palavra de «autêntica e sentida solidariedade» aos trabalhadores da Delphi, da DURA e «com todos os que perderam o seu posto de trabalho». Para o Governador Civil, «não desistimos de acreditar que a Guarda, na pluralidade dos seus 14 concelhos, é uma terra com esperança e confiança no futuro».
