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Saiba os cuidados a ter com o frio

Com os rigores do Inverno, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) emite alertas à população com os cuidados a ter com o frio, em especial quando forem utilizadas lareiras e aquecedores, que podem propiciar risco de incêndio e intoxicação.

Na região, é habitual registarem-se temperaturas baixas, com alguns locais do distrito a enfrentar valores negativos. Nessas condições, o INEM aconselha, principalmente os idosos e crianças, tidos como grupos mais vulneráveis, para se manterem «quentes» e «seguros», alertando, contudo, para os principais problemas relacionados com o frio. «Embora permanecer em casa o maior tempo possível ajude [as pessoas] a reduzir o risco de acidente de automóvel e quedas, poderá também enfrentar riscos domésticos», refere o Instituto, que lembra que a utilização de aquecedores e lareiras para as pessoas se manterem quentes aumenta o risco de incêndio e de intoxicação por monóxido de carbono.

Por outro lado, a exposição a baixas temperaturas, no interior e no exterior, podem causar sérios riscos à saúde. «Quando exposto a baixas temperaturas, o corpo perde calor mais depressa do que o que consegue produzir e o resultado é hipotermia (temperatura corporal excessivamente baixa), que afeta o cérebro, fazendo com que a vítima não pense claramente nem se mova com a facilidade habitual», explica o INEM, salientando que nesses casos não se deve fazer nada para tentar resolver a situação. As vítimas de hipotermia são geralmente idosos, com fraca alimentação, roupa ou aquecimento, bebés que dormem em quartos frios, pessoas que permanecem por períodos prolongados no exterior, sem-abrigo, montanhistas, caçadores e consumidores de álcool ou drogas.

Os sinais de aviso nos adultos são tremores, exaustão, confusão, sonolência, mãos inquietas, perda de memória, fala lenta e baralhada confusa e nas crianças pele muito vermelha e fria e apatia. O INEM aconselha as pessoas que notarem algum destes sinais a procurar ajuda médica e adianta ainda que a vítima deve ser colocada num quarto quente ou num abrigo e aquecer a parte central do corpo primeiro.

Outras consequências do frio são as queimaduras causadas por congelação, que condicionam a perda de sensibilidade e de cor nas zonas afetadas. «Se existirem queimaduras sem sinais de hipotermia e não existir auxílio médico imediato», o INEM aconselha as pessoas a irem para um quarto quente logo que possível. O Instituto médico alerta para as vítimas não esfregarem a área queimada com neve e não usarem compressas aquecedoras, lâmpadas quentes ou o calor de um fogão, lareira ou radiador, porque as áreas afetadas estão dormentes e poderão queimar facilmente.

O que fazer

• Mantenha-se atento aos noticiários da Meteorologia e às indicações da Proteção Civil transmitidas pelos órgãos de comunicação social.

• Procure manter-se em casa ou em locais quentes.

• Use várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso. Evite as roupas muito justas ou as que o façam transpirar.

• O ar frio não é bom para a circulação sanguínea. Evite as atividades físicas intensas que obrigam o coração a um maior esforço e podem até conduzir a um ataque cardíaco.

• O consumo excessivo de eletricidade pode sobrecarregar a rede originando falhas locais de energia. Procure poupar energia, desligando os aparelhos elétricos que não sejam necessários. Tenha à mão lanterna e pilhas, para o caso de faltar a luz.

• Tenha cuidado com as lareiras. Em lugares fechados sem renovação de ar, a combustão pode originar a produção de monóxido de carbono, um gás letal.

• Seja também cuidadoso com os aquecedores devido ao risco de acidentes domésticos.

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