Sporting do Sabugal e Mileu-Guarda, com percursos semelhantes em termos de classificação, jogaram entre si e se havia equívocos, eles deixaram de existir, até porque o resultado não deixa dúvidas. Os locais apresentaram-se com uma frente de ataque de grande valor e que acabou por marcar a diferença neste desafio. De facto, Ricardito, Telmo, Nuno e Hélder fizeram mossa na defensiva forasteira.
Aos 21’, na sequência de uma falta cobrada em arco por Tó Zé, junto à lateral direita da grande área, Sampaio ainda subiu mas não conseguiu aliviar, com Telmo, à boca da baliza, a não perdoar e a inaugurar o marcador. Cinco minutos depois, Ricardito ganhou espaço na esquerda do ataque, sendo tocado à entrada da área por Ferreira. Fernando Nevado, próximo do lance, não teve dúvidas e assinalou castigo máximo. O mesmo Ricardito, encarregado da transformação, não enjeitou a oportunidade e elevou a vantagem para dois a zero. Com esta desvantagem, o Mileu tentou responder mas o seu meio-campo tinha dificuldades em articular com o seu sector avançado. Até ao final da primeira parte, o desafio ficou equilibrado sem claras situações de golo.
Durante o intervalo, Liberalino Almeida fez duas substituições. Desta forma, ficaram no balneário Roberto e Barata, entrando Gaspar e Jardel. Os locais, inspirados, fizeram funcionar de novo o marcador, logo no primeiro minuto da segunda parte. Na sequência de uma descida fulgurante pela esquerda, houve um cruzamento tenso para a área e Ricardito, oportuno, surgiu a meter o pé para fazer o terceiro da sua equipa e o segundo na contagem pessoal. A partir deste tento, o Sabugal passou a gerir a vantagem, dando o meio-campo ao adversário. Assim, o Mileu começou a criar alguns lances de perigo junto à área adversária. Por seu turno, a equipa da casa foi aproveitando as situações de contra-ataque para fazer recuar o adversário. Aos 73’, o Mileu reduziu a diferença na sequência de uma falta cobrada por Espinhaço. O médio de ataque visitante marcou o livre de pé esquerdo, em jeito. Contudo, dois minutos depois, o Sabugal repôs a diferença na transformação de um pontapé de canto. Tó Zé centrou e Hélder, a aparecer no miolo da pequena área, subiu melhor que os centrais contrários para cabecear para o quarto golo. Até ao final da contenda, as oportunidades continuaram a existir, mas o marcador não sofreu qualquer alteração. O árbitro Fernando Nevado teria tido uma tarde positiva caso não tivesse assinalado um fora-de-jogo, quando o seu auxiliar nada tinha marcado.
António Fonseca, “Jogo Limpo”, Rádio F
