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Sabugal desperdiça oportunidade para consolidar quarto lugar

Trancoso impôs igualdade a uma bola num jogo com golos marcados nos minutos finais de cada parte

Sporting do Sabugal e Desportivo de Trancoso empataram a uma bola, num resultado que acaba por se aceitar pelo que as duas equipas fizeram durante os 90 minutos. Depois de se ter adiantado no marcador no final do primeiro tempo, a equipa da casa viu o adversário chegar à igualdade ao cair do pano, numa altura em que estava reduzida a 10 unidades. Desta forma, a formação raiana acabou por desaproveitar uma boa ocasião para consolidar o quarto lugar na prova, já que o Manteigas voltou a perder.

A partida começou equilibrada, mas com o passar dos minutos, o Sabugal foi exercendo um maior domínio frente a um Trancoso que se apresentou com algumas mudanças tácticas. O primeiro sinal de perigo surgiu aos 6’, com Tó Zé, de livre directo, a obrigar Hélder a arrojar-se ao chão. À passagem do minuto 20, os comandados de Daniel Rodrigues voltaram a chegar perto da baliza forasteira com alguma insistência. Primeiro foi Ricardito, que permitiu o corte de um opositor, para depois Nuno trabalhar bem sobre Bengas, cruzando para a área, onde Filipe, em boa posição, recebeu muito mal a bola. Na jogada seguinte, Hélder desperdiçou a melhor oportunidade até então, ao entrar na área descaído para o lado esquerdo e quando tinha tudo para rematar, optou por tentar o bonito com um remate “de letra”, mas acabou por falhar a bola. Na resposta, aos 26’, Daniel Lopes, no flanco esquerdo, forçou Tiago a uma defesa atenta. À passagem do minuto 40’, Filipe, de fora da área, proporcionou uma boa defesa a Hélder, que sacudiu para canto, com o Trancoso a responder numa excelente jogada de contra-ataque em que João Ferreira surgiu desmarcado na área, “picando” o esférico sobre Tiago. Valeu o corte de um defesa contrário. Até que a um minuto do intervalo, o Sabugal colocou-se em vantagem. Na sequência de um lançamento longo para o lado direito, Márito, de primeira, fez um passe a rasgar toda a defensiva do Trancoso com Hélder, muito rápido, a tocar para o fundo das redes perante a saída do guardião contrário.

Descontente com o resultado, Carlos Ascensão mexeu na sua equipa nos primeiros minutos da etapa complementar e passou a deter mais posse de bola. Quanto ao Sabugal ia criando perigo através de rápidas jogadas de contra-ataque. Desta forma, aos 49’, Ricardito tirou dois adversários da frente, mas na hora de soltar a bola para Nuno foi desarmado. À passagem da hora de jogo, o Trancoso esteve perto do golo, depois de uma boa combinação entre Daniel Pinto e Chico Monteiro com o remate a sair perto do poste direito. Aos 63’, a turma forasteira sofreu mais uma contrariedade com a saída por lesão do avançado Quim, passando o defesa-central Bengas a jogar como ponta-de-lança. Já com Batista em campo, o Sabugal desperdiçou mais uma excelente oportunidade para “matar” o jogo, com Ricardito, à entrada da área, a rematar ao lado. Quando estavam decorridos 81 minutos, Vítor viu o segundo cartão amarelo, deixando o Sabugal com menos uma unidade. Inferioridade numérica que foi aproveitada da melhor forma pelo Trancoso que chegou à igualdade, após uma jogada de insistência do seu ataque finalizada por Agostinho. Este golo teve o condão de motivar a equipa forasteira que terminou o encontro “em cima” dos homens da casa. Como se não bastasse, Tiago segurou o empate aos 90’ num remate de Bengas. Fernando Freitas realizou uma exibição razoável, apesar de não ter mostrado qualquer cartão na primeira parte quando se registaram algumas, poucas, entradas mais duras.

No final, os dois treinadores divergiram de opinião quanto à justiça do partrida. Pelo lado do Sabugal, Daniel Moreira lamentou as ocasiões desperdiçadas: «Tivemos as melhores oportunidades para “matar” o jogo, mas quem não marca, sofre e depois da expulsão ficou tudo mais difícil». Já Carlos Ascensão afirmou que o empate soube «a pouco», uma vez que a sua equipa soube «aproveitar» a quebra física do Sabugal na segunda parte, mas «não houve o discernimento necessário para fazer o segundo golo», considerou o técnico do Trancoso.

Ricardo Cordeiro

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