O executivo camarário repudia as conclusões do estudo do Indicador de Qualidade de Vida nos Municípios Portugueses, que coloca o Sabugal no último lugar da tabela. Segundo o índice elaborado pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social (ODES), da Universidade da Beira Interior (UBI), o concelho raiano será o local onde pior se vive em Portugal.
«Este estudo não nos merece credibilidade e parece-nos que os indicadores seleccionados não serão os mais correctos para aferir a qualidade de vida que efectivamente temos», critica a deliberação. Mais duro já tinha sido o presidente em declarações a O INTERIOR (ver última edição). Manuel Rito classificou a análise do Observatório como «paralisadora e desmotivadora para quem vive no Sabugal, além de ser intelectualmente desonesta». É que, para o autarca, não faltam os argumentos que provam o contrário, caso do Indicador de Desenvolvimento Municipal, da Municípia SA, que, em 2006, colocou o concelho no primeiro terço da tabela. «Isto nos 308 municípios do país e não nos 278 do continente, conforme o estudo do ODES», sublinha o documento, divulgado na terça-feira pela autarquia.
Mas há mais. A escola secundária foi «a melhor do distrito» nos últimos Exames Nacionais, enquanto «mais de 95 por cento da população é abastecida com água de qualidade» e 90 por cento tem saneamento básico. A Câmara invoca também os equipamentos sociais, culturais e desportivos existentes, bem como as áreas industriais disponíveis, além de pagar «a tempo e horas» aos fornecedores. «Já a qualidade do ar e a tranquilidade nem se discutem, etc., etc.», conclui a autarquia.