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Sabor amargo

Braga afastou Sporting da Covilhã da Taça de Portugal com um golo apontado aos 90’

Com cerca de três mil espectadores no Complexo Desportivo, o Sporting da Covilhã foi eliminado da Taça de Portugal no passado sábado pelo Sporting de Braga por 1-0. Os serranos deram boa réplica ao actual comandante da SuperLiga, que só marcou numa altura em que todos já pensavam no prolongamento.

O líder do campeonato português, que apresentou o onze titular com excepção do guarda-redes, sentiu dificuldades frente a um Sporting da Covilhã que, logo aos dois minutos, viu um golo anulado por o árbitro ter entendido que Dani jogou a bola com a mão. Na resposta, aos 11’, Mossoró, de longe, obrigou Diego a defesa atenta. O Covilhã continuou a atacar e Basílio, Beré e Steven Vitória criaram algum perigo, mas sem êxito. Perto do intervalo, Alan rematou em arco muito perto do poste esquerdo. Na segunda parte, a equipa de Domingos entrou ao ataque, com o Covilhã a responder com contra-ataques perigosos. Beré teve duas boas ocasiões para marcar, primeiro, na sequência de um ressalto após um canto, e depois na conclusão de uma boa arrancada individual. Aos 79’, Pizzi, um dos emprestados pelo Braga ao Covilhã juntamente com Diego, rematou em arco cruzado ao lado da baliza de Kieszek.

O único golo da partida chegou aos 90’, pelo brasileiro Matheus, que tinha entrado aos 58’. Após boa jogada de Alan pelo centro do terreno, a bola chegou ao extremo na direita que, após entrar na grande área, atirou em arco fora do alcance de Diego. No minuto seguinte João Pereira poderia ter ampliado a vantagem, mas, antes do apito final, Pizzi ainda forçou Kieszek a uma defesa apertada. Apesar da derrota, no final da partida os adeptos aplaudiram bastante os “leões da serra”. Para o treinador do Covilhã, João Salcedas, a equipa foi «séria e digna. Pelo que fizemos merecíamos, pelo menos, o prolongamento. Houve fases em que fomos superiores e outras em que tivemos de aguentar a qualidade do Braga. Mas eles acabaram por marcar um golo extraordinário no nosso único desequilíbrio defensivo», declarou. Por parte do Braga, Domingos Paciência reconheceu a «pobre exibição» da sua equipa, deixando elogios à formação serrana: «Conhecia bem o Covilhã e não fiquei surpreendido com estas dificuldades. Nem sempre se pode jogar bem, mas de qualquer forma a vitória é justa», salientou, adiantando que Diego e Pizzi, dois bracarenses emprestados aos serranos, estão «a ser seguidos e a evolução está a ser boa».

Josué regressou ao Porto

Josué foi dispensado do plantel do Sporting da Covilhã por alegada indisciplina, anunciou o presidente do clube.

«O Josué tinha um regulamento para cumprir, mas desrespeitou-o várias vezes», disse José Mendes, que justificou desta forma o afastamento do médio, emprestado pelo Porto. «Sinto muito ter de fazer o que fiz, só que não podemos admitir indisciplina neste clube, seja de que jogador for», acrescentou o dirigente.

O médio, de 19 anos, chegou aos “leões da serra” no início da época e foi dos jogadores que mais se destacou. No início do mês foi suspenso, segundo o treinador por «comportamento pouco digno». Entretanto acertou a rescisão com os serranos e já regressou ao FC Porto, clube que José Mendes elogia e ressalva não ter qualquer responsabilidade no comportamento de Josué.

O presidente do Sporting da Covilhã conta que Josué foi duas vezes chamado à atenção, mas reincidiu no «desrespeito aos colegas». As sucessivas entradas perigosas aos colegas nos treinos terão estado na origem da suspensão, que culmina agora com a saída do jogador do clube. «Era bom jogador, mas só isso não chega», sublinha José Mendes.

Diego fez uma boa exibição contra a equipa que o emprestou aos serranos

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