A curta-metragem “Rupofobia”, de Telmo Martins, produzida pela Produtora Multimeios do Cybercentro da Covilhã e pela UBI, vai ser exibida nas salas Lusomundo como complemento da longa-mteragem “Um Rio”, realizada por José Carlos de Oliveira. A antestreia está marcada para 13 de Setembro no Teatro Rivoli, no Porto. Mas esta não é a única novidade, uma vez que o mais recente trabalho do criativo do Cybercentro vai estar igualmente à venda na FNAC, a partir de 10 de Outubro.
O caminho não foi «nada fácil de percorrer», lembra Telmo Martins. A primeira dificuldade surgiu com a banda sonora: «Como não tínhamos os direitos de autor, a opção foi compor três temas originais para o filme», refere. Uma tarefa entregue ao guitarrista Flak, dos Rádio Macau e Palma’s Gang, por intermédio do realizador José Nascimento. Depois, houve a necessidade de passar o formato digital para película de 35 milímetros para o filme poder ser exibido em salas. A operação resultou num custo acrescido de cerca dez mil euros, suportado pela UBI. Mas superados os obstáculos, «abrem-se agora as portas» para o realizador avançar com novos desafios, nomeadamente uma longa-metragem, confessou a “O Interior”. «Acho que atingi o expoente máximo nas curtas-metragens», garante. “Rupofobia” conta a estória de um empregado de mesa que é obrigado pelo patrão a trazer uma argola no seu órgão sexual para que não lhe toque sempre que for urinar. Apesar de se basear numa anedota, a principal preocupação de Telmo Martins foi transformá-la num filme sério com a piada a aparecer apenas no final, quando o empregado usa a tenaz na casa de banho.
Para o realizador e estudante de multimédia da UBI, “Rupofobia” marca uma «etapa de qualidade» em relação aos trabalhos anteriores. «Foi muito pensado e teve uma preparação de alguns meses para dar um salto qualitativo», adianta. Telmo Martins realizou ainda as curtas-metragens “Karma”, “Sei de Tudo” e “Suspeito”. A sua quarta curta-metragem (a terceira em imagem real) assinala também a terceira colaboração com o actor Álvaro Faria, que emprestou a voz a Karma, um filme de animação em 3D, e ajudou depois na realização da segunda curta-metragem. Mas só nesta última produção surge como actor, encarnando a personagem de José.
