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Seis perguntas aos candidatos: Celorico da Beira, Sabugal e Trancoso

João Paulo Matias, candidato do PS à Câmara Municipal de Trancoso

1 – As nossas grandes opções passam por quatro linhas orientadoras: melhorar as condições de vida das populações das aldeias e cidade; fomentar e modernizar as actividades económicas e a criação de emprego; posicionar Trancoso nos roteiros turísticos do interior/norte, modernizar e abrir a administração municipal. É evidente que tais opções não se podem concretizar num mandato autárquico de quatro anos, no entanto, urge começar a desenvolver políticas activas que permitam a concretização de algumas obras estruturantes.

2 – Infelizmente, faltam muitas obras estruturantes no concelho de Trancoso. Faltam desde logo zonas industriais modernas e bem equipadas que possam captar novos investimentos e, assim, proporcionar a criação de postos de trabalhos como primeira medida de combate à desertificação.

Em pleno século XXI continua a existir no concelho algumas freguesias e dezenas de povoações sem abastecimento público de água, saneamento básico e arruamentos condignos.

O apoio ao agricultor, ao empresário, ao comerciante, aos idosos e à juventude é praticamente inexistente.

A variante de Trancoso, um parque de estacionamento, o centro coordenador de transportes, a modernização do mercado municipal, novas instalações do ensino básico, a remodelação dos Paços de Concelho são apenas alguns dos inúmeros equipamentos que ainda faltam em Trancoso.

3 – O concelho de Trancoso só tem a ganhar com a mudança. A começar pela Câmara, com uma gestão de maior rigor e transparência. Acabará o círculo de interesses e de influências, fruto de mais de 20 anos de gestão do PSD. Deixarão de existir razões para o medo latente existente em Trancoso e provocado pela pressão do poder instalado sobre algumas pessoas cujos empregos dependem directa ou indirectamente da Câmara.

Comigo todas as Juntas de Freguesias serão tratadas de forma igual, sem olhar para a cor politica que esteve na origem da sua eleição.

O debate público das grandes questões de desenvolvimento do nosso concelho será uma prioridade. É importante que os trancosenses tenham uma palavra a dizer sobre o futuro e o caminho a seguir para esse desenvolvimento.

4 – O Dr. Júlio Sarmento, candidato do PSD, é um homem cansado e sem vontade. Desde as eleições autárquicas de 1997 que tem vindo a dizer que não seria mais candidato. Pior que um candidato sem vontade, seria termos um presidente desmotivado. Por isso, o que mais me distingue do meu adversário é a vontade de trabalhar em prol do desenvolvimento do concelho. Acredito também que terei uma maior capacidade de diálogo e disponibilidade para o munícipe.

Quero deixar uma marca de inovação e dinamismo na gestão da Câmara Municipal. Não tenho os vícios de compadrio político e económico que caracteriza o candidato do PSD. Pretendo desenvolver uma gestão transparente e que trate de forma igual todos os trancosenses e todas as instituições do nosso concelho.

5 – Pela primeira vez o PS conseguiu apresentar mais listas candidatas às assembleias de freguesia que o PSD. Este é um claro sinal de mudança e de fragilidade do PSD local. Sentimos também uma vontade intrínseca de mudança nas pessoas que contactamos. Vontade que só não é mais exteriorizada por virtude dos empregos controlados pela Câmara e demais instituições a ela politicamente ligadas.

Tenho consciência das dificuldades. No entanto, é evidente que a expectativa é de vitória. Já foi quase possível no passado. Acredito firmemente que esta vontade de mudança se vai traduzir, com a ajuda de todos, numa grande vitória no dia 9 de Outubro.

6 – Embora seja um cenário que não equaciono. Em democracia a derrota é sempre possível porque o povo é soberano. Como democrata respeitarei a decisão popular sem esconder um sentimento natural de tristeza.

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