A multinacional RULMECA – Interrol vai encerrar em Janeiro próximo a única unidade de produção em Portugal, sediada na Covilhã, anunciou, na semana passada, a administração da empresa italiana, durante uma deslocação à região.
Apesar do fecho da fábrica, que emprega actualmente 14 trabalhadores, está assegurada a continuidade do sector comercial com quatro funcionários, «o suficiente para responder às necessidades do mercado português», garante Pedro Franco, responsável geral da área comercial da RULMECA. Em relação à situação dos trabalhadores que vão ficar sem trabalho já em Janeiro, garante que todos serão «indemnizados com tudo aquilo a que têm direito, mediante os anos de casa de cada um». Assegurados estão também «os salários até à data do encerramento» e ainda uma gratificação, cujo montante está «a ser definido pela administração», assegura o mesmo responsável.
De resto, Pedro Franco garante que tudo se passará «dentro da lei» e esclarece que não se trata de uma «falência ou deslocamento para outro país», mas antes da «extinção» de um dos sectores da empresa. A decisão, que partiu da administração da multinacional italiana, terá ficado a dever-se ao facto de não existir em Portugal «mercado suficiente que justifique a permanência de uma unidade de produção», sendo ainda uma forma de «fortalecer e estabilizar a produção noutras fábricas mais rentáveis do grupo». Apesar de tudo, Pedro Franco refere que a unidade da Covilhã «está a laborar em pleno, mas administração crê não ser suficiente». A RULMECA, uma metalo-mecânica italiana, produz essencialmente rolos para transportadores e labora em dez países na Europa e ainda no continente americano. Em Portugal faz-se representar na Covilhã, ficando agora a empresa reduzida ao departamento comercial.
