Arquivo

Rui Costa ganha bolsa para estudar o cérebro

O neurocientista Rui Costa, natural da Guarda, recebeu uma bolsa de 1,6 milhões de euros para tentar descobrir, nos próximos cinco anos, as diferenças a nível cerebral entre as acções novas e as praticadas por rotina ou por compulsividade. A bolsa foi atribuída pelo European Research Council (ERC), o mais importante organismo europeu de apoio à ciência e à investigação.

«Será bom para nós, para os próximos cinco anos de trabalho, para a equipa multidisciplinar que tenho a trabalhar comigo, e é também bom para as instituições portuguesas e para Portugal», afirmou à Agência Lusa aquele que é o investigador principal no Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud no Instituto Gulbenkian de Ciência. Quanto ao objecto de estudo, Rui Costa disse já ter «evidências de que diferentes áreas do cérebro estão envolvidas nas acções intencionais, quando fazemos coisas novas que nunca fizemos, e nas rotinas ou hábitos».

Segundo o cientista, de 37 anos, que já foi colaborador do jornal O INTERIOR, este trabalho poderá contribuir para compreender melhor, não só o funcionamento do cérebro, a interacção com o mundo ou como se praticam determinadas acções e não outras, mas também as doenças do foro neurológico e psiquiátrico, em que as pessoas não conseguem criar rotinas, ou as criam em demasia, como nos comportamentos compulsivos ou aditivos.

Sobre o autor

Leave a Reply