Empresa multimunicipal de recolha e tratamento dos resíduos sólidos da região registou em 2012 um volume de negócios de 5,3 milhões de euros e um resultado líquido positivo de 852 mil euros.
O tratamento dos resíduos sólidos urbanos vai ficar cerca de 9,5 por cento mais barato aos municípios da região. Esta é a consequência dos bons resultados operacionais da Resiestrela, gestora do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva e tratamento, cujo volume de negócios em 2012 cresceu 8,3 por cento, para cerca de 5,3 milhões de euros, face ao ano anterior.
O relatório de contas foi aprovado por unanimidade na Assembleia-Geral de Acionistas da passada quinta-feira e revela também uma subida de 21 por cento dos resultados líquidos positivos, que foram 852 mil euros, comparativamente a 2011. Perante este desempenho, a Resiestrela propôs e viu aprovada pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território a nova tarifa a cobrar aos municípios em 2013, que será de 43,96 euros por tonelada, ou seja, menos 3,06 euros que em 2012. Para o presidente do Conselho de Administração, este valor pode ter «um impacto positivo nas contas dos municípios que, por sua vez, também podem diminuir o valor das taxas cobradas aos cidadãos». Rui Nobre Gonçalves adiantou que a melhoria dos resultados da Resiestrela fica a dever-se ao aumento da venda de material reciclável e da produção de energia, através da unidade de biogás da central de compostagem. Isto numa altura em que a recolha de resíduos tem vindo a diminuir devido à quebra da atividade económica.
«Apesar de ter faturado menos 4.473 toneladas de resíduos sólidos municipais que em 2011 a uma tarifa inferior em 1,48 euros, a Resiestrela registou um incremento do seu volume de negócios em cerca de 8,3 por cento, espelhando assim o aumento significativo registado nos rendimentos extratarifários, e conseguiu que o montante faturado em prestação de serviços aos municípios tivesse, em 2012, representado menos de 50 por cento dos resultados operacionais», sustenta a empresa. De resto, a Resiestrela recorda que para potenciar os ganhos extratarifários foram investidos mais de 5,3 milhões de euros nos últimos dois anos nas unidades de tratamento mecânico e biológico e de valorização e aproveitamento energético do biogás de aterro. Em termos da atividade, o destaque vai para o aumento de mais de 55 por cento da venda de materiais recicláveis comparativamente a 2011, atingindo cerca de 6,5 mil toneladas de embalagem enviado para reciclagem. Para tal contribuíram mais 50 conjuntos de ecopontos instalados na região, que tem atualmente uma capitação de cerca de 200 habitantes por ecoponto, «o que constitui um valor de referência a nível nacional», sublinha a Resiestrela.
Outra performance positiva foi o aumento de 13 por cento da produção da unidade de aproveitamento energético de biogás, que no ano passado gerou mais de 4 gigawatts de energia. Por último, a empresa também não esquece a quota parte dos municípios neste desempenho, revelando que «um número significativo» de autarquias reduziu os seus prazos dos pagamentos. O sistema gerido pela Resiestrela serve atualmente uma população de 202.941 habitantes dos concelhos de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso.
Luis Martins