(…) Há coisas que não entendo. Na Guarda pagamos a água mais cara do que em Lisboa (…) o Zêzere que nasce aqui dá de beber a Lisboa (…). Indexado ao preço da água estão também os resíduos (…). Por isso, como temos um preço caro na água, pagamos uma exorbitância para a recolha do lixo, mas ninguém reclama com a Câmara. E em alguns bairros da cidade, apesar de pagarmos como se fosse serviço de luxo, temos a recolha de dois em dois dias ou mesmo de três em três dias. Em algumas zonas da cidade, ao fim de semana, não há recolha de lixo. Os contentores ficam cheios, cai lixo no chão, espalha-se porcaria pelo chão durante dias e as descargas de cinza das lareiras queimam os detritos dos contentores e tornam o ambiente nauseabundo. É para isso que pagamos tanto? (…) os gatos e os cães enlambuzam-se no amontoado de lixo à volta de alguns contentores. Senhor Diretor, o jornal faria um serviço público se visitasse os bairros da periferia da cidade e assinalasse os contentores que, especialmente, ao fim de semana estão abarrotados de lixo.
João Ferreira, Guarda, Carta recebida por e-mail
