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Requalificação do centro urbano de Pinhel em debate

Projecto arrojado é discutido na próxima terça-feira no Cine-Teatro S. Luís

O coração da “cidade-falcão” vai sofrer uma requalificação e revolução urbana. Isto, se os pinhelenses aprovarem o projecto de estacionamento coberto e a requalificação da Praça Sacadura Cabral e sua envolvente. A sessão pública acontece na próxima terça-feira, às 21h30, no Cine-Teatro São Luís em Pinhel.

O que vai estar em discussão é «a recuperação da praça, que contempla todas as fachadas e edifícios», adianta António Ruas, presidente da autarquia. O novo projecto, que vai ser apresentado pelos arquitectos João Marujo e João Campos, traz alguns incómodos que podem suscitar «alguma polémica entre a população», considera, nomeadamente o parqueamento. A nova Praça Sacadura Cabral pretende acabar com os lugares de estacionamento frente à Igreja de São Luís e canalizar os automóveis para um parque coberto. A intervenção pré-visualizada para o novo Centro Cívico de Pinhel pretende revivificar um aspecto global mais próximo da imagem historicamente consagrada. Para isso os arquitectos basearam-se «numa fotografia do princípio do século XX», refere o edil. Depois haverá outras obras, como a remodelação do Solar dos Seixas ou o arranjo da Praça Sacadura Cabral, para reforçar o sentido de aproximação aos Solares dos Seixas e dos Menezes, bem como às Igrejas da Misericórdia e de São Luís.

A nova praça implica a abolição do esquema de arruamentos, «muito retalhado» para o tipo de circulação automóvel desejável, «embora não impeça que continue a haver serventia viária para todas as ruas», salvaguarda António Ruas. Esta será também uma forma de descongestionar o centro do tráfego. A concepção do projecto baseia-se na perspectiva dos principais eixos da composição da praça e do reforço da posição do Pelourinho, «como símbolo maior de Pinhel», destaca. No esboço também está prevista uma ligação entre dois edifícios. Trata-se da antiga e da nova Câmara Municipal de Pinhel, destaca o autarca. «Mas, para levar a cabo este arrojado projecto no coração da cidade, precisamos de saber a opinião das pessoas», sublinha, daí esta apresentação pública. Por tudo isto, o autarca não tem dúvidas que a sede do município dispõe, na sua área central, das melhores condições de espaço e enquadramento paisagístico que podem ser dinamizadas com a intervenção agora em estudo. Ao que tudo indica, será uma obra em várias etapas. A primeira fase, que já está em execução, abrange os actuais Paços do Concelho, «mais especificamente o telhado que vai ser reestruturado», refere. A segunda etapa já vai contemplar outras infraestruturas, como o Arquivo Municipal, a Biblioteca e outras, que têm início marcado para o próximo ano. O investimento global está orçado em cerca de três milhões de euros.

Patrícia Correia

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