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António José Dias de Almeida mandatário de Joaquim Valente

Sociedade de Reabilitação do Centro Histórico é o projecto-âncora da campanha socialista

A sede da candidatura do PS às autárquicas na Guarda, na rua do Comércio, foi inaugurada na passada segunda-feira com pompa e circunstância: rosas para as senhoras e música popular para todos. Para além de um vídeo com fotografias pessoais do candidato, da infância aos dias de hoje. Joaquim Valente aproveitou o facto de estar no coração da cidade para anunciar que se for eleito irá propor a criação de uma Sociedade de Reabilitação do Centro Histórico. E apresentou António José Dias de Almeida como mandatário da sua candidatura. No segredo dos deuses continua a equipa que o vai acompanhar.

«Não basta requalificar infraestruturas e arruamentos se o centro histórico não tiver vida», constata o candidato socialista à Câmara da Guarda e actual vogal do Conselho de Administração da PolisGuarda, acrescentando que para isso é necessário investimento privado. A criação de uma sociedade de reabilitação, que se dedique a tempo inteiro à parte antiga da cidade, «é inevitável», considerou Joaquim Valente, para quem essa será a «única solução para intervir com eficácia e eficiência a curto prazo». Quanto à lista, já está feita, mas o candidato preferiu não desvendar os seus elementos, revelando alguns dos requisitos que pesaram na sua escolha: «Tentei encontrar pessoas capazes, em diversos sectores de actividades e com alguma experiência. E tanto os há no partido, como fora dele», adianta. A lista e o candidato à Assembleia Municipal só serão apresentados dentro de algumas semanas. Já a sede da candidatura vai acolher um ciclo de debates sobre vários temas.

Quanto à escolha de António José Dias de Almeida, para além de laços familiares, há uma longa amizade e «foi também meu professor», lembra Joaquim Valente. O mandatário estava visivelmente emocionado ao recordar esses tempos: «Espero que ele tenha aprendido alguma coisa», referiu, dirigindo-se ao candidato tratando-o por “Quim Carlos”. Não é a primeira vez que António José Dias de Almeida assume esta função, pois foi mandatário distrital da candidatura de Jorge Sampaio por duas vezes. «O mandatário de algo é o seu representante», refere o professor aposentado, que prefere ter aqui um papel mais simbólico e secundário. «Se o candidato me pedir, vou acompanhá-lo, ajudo-o na campanha e noutras tarefas», acrescenta. Dado aos laços familiares, «desde sempre me pediu conselhos, talvez por ser mais velho, e agora vou continuar a fazê-lo», confessa António José Dias de Almeida. Em relação à campanha, espera que seja «travada dentro de um nível de cidadania e de saudável debate», respeitando as leis da democracia. E deixa uma velha recomendação: «Sempre achei que em Portugal havia o hábito de se prolongarem as campanhas, por isso acho que deviam ser mais curtas», defende.

Patrícia Correia

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