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Requalificação da rotunda da locomotiva avança

Intervenção que inclui a instalação de uma antiga locomotiva da CP na ligação entre a Avenida de São Miguel à Avenida da Estação foi adjudicada por 349.900 euros, mais IVA

À segunda foi de vez. A Câmara da Guarda adjudicou a requalificação da rotunda que liga a Avenida de São Miguel à Avenida da Estação, junto ao Parque Urbano do Rio Diz. A intervenção que inclui a instalação de uma antiga locomotiva vai ser realizada pela empresa António Saraiva e Filhos por 349.900 euros, mais IVA. O prazo dos trabalhos é de 60 dias.

O primeiro concurso público, com um preço-base de 438 mil euros, mais IVA, ficou deserto e obrigou à readaptação do projeto de forma a reduzir o custo previsto, uma opção que resultou. O projeto consiste no arranjo das zonas envolventes e da plataforma central da rotunda, onde ficará a locomotiva C.P. 1505 (ALCO RSC 3), cujos primeiros anos de circulação remontam ao pós IIª Guerra Mundial. Retirada de circulação desde 2000, a máquina virá para a Guarda através de um contrato de cedência por parte da CP, primeiramente durante 10 anos e depois renovável a cada cinco. Em contrapartida, a Câmara tem de fazer um seguro, responsabilizar-se por eventuais despesas de manutenção e assegurar o transporte da locomotiva desde o Barreiro, onde se encontra atualmente.

A adjudicação não mereceu qualquer reparo dos eleitos do PS, que votaram favoravelmente. «Será uma grande homenagem à ferrovia, especialmente numa altura em que a Guarda tem pela frente o seu maior desafio das últimas décadas, que é a construção na cidade de um terminal ferroviário e da plataforma de ligação das Linhas da Beira Alta e da Beira Baixa», afirmou o presidente do município. De resto, Álvaro Amaro anunciou que a rotunda de Maçainhas será «uma homenagem aos têxteis» e que na Dorna será colocada uma escultura. Na sessão da passada segunda-feira o executivo voltou a criticar o aumento das portagens na A23 e A25. O tema foi introduzido pelo socialista Eduardo Brito, para quem esta subida das tarifas «é um sinal preocupante ao qual daremos combate forte. Nós somos pela abolição total das portagens e não aceitamos este aumento».

Segundo o vereador, o Governo tem que «repensar muito rapidamente esta relação com as SCUT porque a região perde muita competitividade com as portagens e estes novos preços são um mau sinal num momento em que se fala tanto no desenvolvimento do interior», declarou. O presidente da autarquia também se juntou ao protesto e considerou que o Governo «não pode dar com uma mão e tirar com a outra», aludindo às reduções introduzidas em 2016. «Agora, em coerência, o Governo devia introduzir novas reduções. Não o fez, está errado», criticou Álvaro Amaro, sublinhando que este aumento «é incoerente e não faz sentido, principalmente nestes territórios de baixa competitividade».

O edil aproveitou a reunião para anunciar que o município vai continuar a apostar na limpeza das florestas e na prevenção para minimizar o problema dos incêndios florestais.

«Vamos definir um plano de ataque no domínio da prevenção e limpeza das faixas de segurança. Estou disponível para fazer tudo o que estiver ao meu alcance, com mais ajudas do Governo, menos ajudas do Governo. Investimos mais de 600 mil euros no verão passado e estamos dispostos a continuar a investir para minimizar esse problema. E acho que trabalhámos muito e que o minimizámos», declarou. O assunto tinha sido introduzido por Eduardo Brito, que quis saber o que está a ser planeado pela autarquia em relação à limpeza de matos e à aplicação da lei. Mas Álvaro Amaro ainda acrescentou que o Estado devia fiscalizar «o mais possível», porque «o caminho é o estímulo à prevenção e não o da penalização», sublinhando que «a questão chave para diminuir os incêndios é ocupar e vigiar a floresta 24 horas por dia».

Tensão entre Pedro Fonseca e Álvaro Amaro

Pedro Fonseca e Álvaro Amaro protagonizaram um momento de tensão quando o socialista questionou o autarca sobre o porquê dos vereadores da oposição não terem sido «convidados/ informados» da reunião geral de trabalhadores realizada no passado dia 12.

O vereador soube do encontro no TMG e informou que estaria presente, mas a maioria acabou por convidar também Cidália Valbom, presidente da Assembleia Municipal, e os seus secretários, António Fernandes e João Marques, situação que estranhou. Na resposta, Álvaro Amaro disse que tinha sido uma reunião interna e que «não convidou, nem tinha que convidar» os vereadores do PS. «Pedro Fonseca foi e assistiu à reunião, mas eu podia tê-lo barrado, se calhar era isso que queria», acrescentou o autarca. O socialista não gostou e retorquiu que «isto é uma Câmara Municipal, não uma discoteca onde se barram as pessoas que não estão na “guest list”».

Luis Martins Projeto na rotunda junto ao Parque Urbano do Rio Diz não mereceu qualquer reparo dos eleitos do PS, que votaram favoravelmente

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