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Remodelação do Hospital da Guarda a concurso

Anúncio foi publicado em “Diário da República” na sexta-feira, depois do aval do secretário de Estado do Tesouro, conforme adiantou O INTERIOR

O Ministério da Saúde lançou, na última sexta-feira, o concurso público para a remodelação e ampliação do Hospital Sousa Martins, cujo preço-base é de cerca de 40 milhões de euros, de acordo com o anúncio publicado no “Diário da República”. Conforme O INTERIOR avançou na última edição, o procedimento estava dependente do despacho do secretário de Estado do Tesouro, que só deu aval à empreitada na passada quarta-feira.

A empreitada vai decorrer de forma faseada, começando pela construção nova, com cerca de 25 mil metros quadrados. O restante, que implica a remodelação dos actuais edifícios, será trabalho para outra fase do projecto. A intervenção global prevista deverá custar perto de 70 milhões de euros, sendo que a área bruta total da unidade remodelada será da ordem dos 76 mil metros quadrados.

Antes disso, vai decorrer um mês para se apresentarem candidaturas, seguindo-se um processo de qualificação das cinco melhores e a adjudicação definitiva à proposta economicamente mais vantajosa. O prazo da empreitada é de um ano e oito meses. Nas últimas legislativas José Sócrates prometeu aos guardenses um «hospital novo» nesta legislatura. Contudo, atrasos processuais ocorridos após Francisco Ramos, secretário de Estado da Saúde, ter homologado, em Novembro, o projecto de arquitectura originaram muitas dúvidas quanto ao arranque da obra ainda este ano.

A incerteza era tal que um grupo de médicos escreveu na semana passada ao primeiro-ministro a pedir esclarecimentos sobre a situação (ver última edição). Tudo porque, inicialmente, os dirigentes socialistas anunciaram que «o estaleiro estaria montado no início de 2009», o que não aconteceu. O segundo trimestre deste ano é agora a nova data apontada. «A Guarda vai ter Hospital… e ponto final», reagiram os socialistas depois de confirmada a publicação do concurso em “Diário da República”. Em comunicado, a Federação distrital não esconde que houve problemas, tendo sido necessárias «diligências para ultrapassar e dar cumprimento aos trâmites legais, para que o processo não viesse a ser prejudicado por via de quaisquer irregularidades processuais». O PS critica ainda as «manobras oportunistas dos profetas da desgraça» que saíram a terreiro denunciar os atrasos na empreitada. «O desespero dos nossos adversários é termos decidido o que eles andaram durante anos e anos a enrolar», acusam os socialistas.

Luis Martins

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