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Paulo Portas apadrinhou «nascimento de um belíssimo político»

Ricardo Santos, do CDS-PP, é o primeiro candidato oficial à Câmara da Guarda

«Só em último recurso», o CDS-PP aceitará fazer uma coligação com o PSD nas eleições para a Câmara da Guarda. A garantia foi dada na noite do último sábado por Ricardo Santos, o primeiro candidato oficial conhecido à autarquia da capital de distrito. Presente na cerimónia, o líder dos populares, Paulo Portas frisou aos cerca de 50 militantes presentes que tinham acabado de assistir ao «nascimento público de um belíssimo político» para a cidade.

O candidato, que é natural de Évora, é uma pessoa «que vale pela sua vida profissional», para além de ser «frontal, novo, determinado, empenhado e não depender de mais nada senão das suas convicções», salientou Portas. Por outro lado, «traz ar fresco e novidade a uma vida política que provavelmente está muito gasta e anda sempre muito à volta das mesmas pessoas», acrescentou. «Parece-me que a vida política na Guarda anda sempre à volta das mesmas pessoas há muito tempo e acho que é preciso virar a página e uma lufada de ar fresco», reforçou. Em relação a uma eventual coligação na Guarda, o presidente do CDS frisou que o caminho do partido é «próprio e autónomo» e que «não está aqui para ser muleta, nem bengala de ninguém», salientou. No entanto, garante que o «adversário» do partido é a gestão socialista e que «não vamos fazer oposição à oposição», pois «queremos é ser uma alternativa ao poder actual». De resto, augura que o CDS «vai ser uma novidade nesta eleição», sendo que «se calhar, muita gente que noutras circunstâncias ficaria em casa poderá votar em nós».

Sobre a hipótese de uma possível coligação, Ricardo Santos salientou que «não podemos ficar reféns de propostas que poderão ou não vir a acontecer», até porque os populares têm um «projecto político, uma equipa formada, listas próprias e gente com vontade de trabalhar». Ainda assim, o engenheiro informático do Hospital da Guarda admite que «se, eventualmente, num futuro próximo chegarmos à conclusão que o melhor para a cidade será algum tipo de acordo de alternativa à direita aí reuniremos, pediremos opinião dos órgãos nacionais e tomaremos uma decisão, mas só mesmo em último recurso», assegurou. Em relação às suas ambições para as autárquicas, o candidato garante que só pensa na vitória: «O meu objectivo é chegar a presidente da Câmara. É por isso que vou lutar com todas as minhas forças. Os cidadãos vão ditar qual a sua vontade. Uma coisa garanto: não me vou calar e vou denunciar tudo o que achar que não está correcto e vou propor alternativas, que é assim que nós trabalhamos». Quanto ao resto da equipa será apresentada «assim que for oportuno porque neste momento o nosso objectivo é concluirmos todo o manifesto eleitoral», indicou. No seu discurso, frisou que «basta de esbanjamentos para inglês ver», dando como exemplo a «milionária passagem pedonal» junto à C+S de S.Miguel, considerando que é «necessária uma intervenção mais acutilante junto do Governo, independentemente de sermos ou não amigos do primeiro-ministro», ironizou.

Ricardo Cordeiro

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