O Governo vai extinguir as regiões de turismo e os polos turísticos porque o modelo «está desadequado», justificou o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares na semana passada.
Em entrevista ao jornal regional “O Mirante”, Miguel Relvas defendeu que «quem tem que gerir o turismo são os empresários do sector. O Estado tem que acompanhar. Quem faz o turismo não são as organizações onde estão ex-autarcas. A ação do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, por exemplo, é risível e nós em Portugal temos obrigação de apostar mais no turismo. O modelo em que me revejo é o do Turismo de Lisboa, em que está o público e o privado», declarou. Já segundo o “Jornal de Negócios”, o novo modelo de promoção do turismo será baseado em cinco unidades territoriais e em parcerias público-privadas. Atualmente estão em funcionamento cinco regiões de turismo (Porto e Norte, Centro, Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) e seis polos (Douro, Serra da Estrela, Leiria, Fátima, Oeste, Litoral Alentejano e Alqueva).
São precisamente estas 11 entidades que Miguel Relvas considera ser um modelo caduco e que precisa de ser reformulado. Como alternativa, o governante – que foi presidente da Região de Turismo dos Templários entre 2001 e 2002 – aponta o exemplo do Turismo de Lisboa, onde já funciona um regime de parceria público-privada. O governante foi mais longe que a secretária de Estado do Turismo, que na passada quarta-feira havia anunciado em Lisboa, durante um almoço na Associação de Hotelaria de Portugal, alterações na «promoção interna e externa dos polos de desenvolvimento turístico». Segundo o “Publituris”, Cecília Meireles, comprometeu-se a apresentar no próximo dia 16 o novo modelo organizacional territorial do turismo português.