Arquivo

Refood já tem 200 voluntários na Cova da Beira

Projeto lançado em Lisboa há três anos deverá arrancar em outubro na Covilhã e no Fundão

A vontade de ajudar superou todas as expetativas: o Refood ainda está a dar os primeiros passos na região, mas já conta com 130 voluntários inscritos na Covilhã e 70 no Fundão.

«Foi surpreendente, pois ao fim de duas semanas tínhamos 80 pessoas com ficha de voluntário preenchida», adianta Marta Alçada, uma das “pioneiras” do projeto, salvaguardando que «precisamos de 250 voluntários na Covilhã para fazer as duas horas diárias». “Trabalharia duas horas para alimentar 10 pessoas?” é o lema da campanha que quer marcar a diferença na Cova da Beira e que poderá ser abraçada por mais concelhos. «As pessoas querem ajudar, é impressionante como em menos de um mês se mobiliza tanta gente», vinca a promotora, que espera que o Refood possa arrancar em outubro nos dois concelhos. As reuniões sementeiras, que tiveram lugar na última semana e que contaram com a presença do mentor do projeto, Hunter Halder, que lançou o projeto em Lisboa em 2011, juntaram várias dezenas de pessoas com o mesmo objetivo: ajudar os outros. «Este projeto visa algo simples – no final de cada dia resgatamos comida preparada que não é servida nos restaurantes, cafés e pastelarias e encaminhamos para famílias que precisam», revela Marta Alçada.

Foi através do grupo SER (Ser Especialmente Responsável), do qual é fundadora, que se deparou com a importância do Refood: «Temos alguma noção da realidade social da Covilhã e comecei a aperceber-me dos desperdícios alimentares que há», garante a “pioneira”. Segundo Marta Alçada, quatro restaurantes da Covilhã já se mostraram interessados em ajudar, mas é «prematuro» apontar números, pois os “gestores”, escolhidos na reunião, ainda vão abordar os estabelecimentos da cidade. Entre as prioridades está também encontrar um espaço, pois são necessários frigoríficos e arcas para preservar os alimentos. «Precisamos do apoio das empresas, de outra forma não poderemos prosseguir porque é um projeto com 100 por cento de voluntariado», alerta a promotora. Inicialmente vão ser apoiadas famílias da união de freguesias de Covilhã e Canhoso, mas mais tarde poderão ser ajudadas mais «se tudo correr bem e tivermos alimentos em quantidade suficiente», salienta Marta Alçada.

Sobre o autor

Leave a Reply