A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) assinou na terça-feira contratos com diversas instituições, que permitem manter 534 camas de cuidados continuados integrados, que representam cerca de um terço das camas existentes na região.
A manutenção daquelas camas implicou 26 acordos com misericórdias e IPSS (instituições particulares de solidariedade social), que foram formalizados no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Daquelas 534 camas, 241 são de média duração e 293 de longa duração, que equivalem, no seu conjunto, a «32 por cento da capacidade de oferta da RNCCI na região», que «possui, atualmente, 1.666 camas, repartidas pelas diferentes tipologias de cuidados continuados», sublinhou o presidente da ARSC, José Tereso. As camas não abrangidas pela renovação daqueles acordos «continuam asseguradas» ao abrigo dos respetivos protocolos que se mantêm em vigor e serão renovados de acordo com os seus respetivos prazos, disse, aos jornalistas, o responsável.
Sobre a abertura de novas unidades, no âmbito da RNCCI, na área de intervenção da ARSC, José Tereso reconhece que «há algumas dificuldades» no plano económico, mas «está-se a tentar viabilizar» novos projetos em «Porto de Mós, em Cantanhede, no Rovisco Pais [na Tocha], em Oliveira do Bairro, em Manteigas e no Fundão», adiantou. Em 2012 foram abertas duas novas unidades em Mangualde e no Orvalho (Oleiros). «No estado em que estamos, é muito difícil dar resposta a todas as necessidades que o país tem», designadamente na saúde, sustentou. A RNCCI, que assenta na articulação entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade e Segurança Social, é constituída por «unidades e equipas de cuidados continuados de saúde, e/ou apoio social, e de cuidados e ações paliativas, com origem nos serviços comunitários de proximidade, abrangendo hospitais, centros de saúde, serviços distritais e locais da Segurança Social, a rede solidária e autarquias locais».