P- Este é o seu ano de estreia a competir na categoria sénior, qual a sensação?
R- Desde 2011 que estou no mundo da competição e durante estes sete anos mudei de categoria quatro vezes. Ou seja, não é uma sensação nova. A mudança deve-se a um aumento da potência do motor e a um novo tipo de pneu. É sempre encarada como um novo desafio, mas é algo a que já estou habituado.
P- É um jovem estreante, ao lado de pilotos mais experientes, mas que está na terceira posição da classificação geral do Rotax Max Challenge Portugal (RCM Portugal). A que se devem os bons resultados?
R- Não só os bons resultados deste ano, como todos os bons resultados dos anos anteriores, passaram por um trabalho em equipa, a SportKart, que de facto nos tem ajudado muito ao longo da minha carreira automobilística. Não posso deixar de referir todos os que me apoiam, desde família e amigos a patrocinadores, porque sem eles e sem também a minha equipa nada disto era possível.
P- Quais são os objetivos a atingir ainda esta época?
R- Esta época temos como objetivo terminar o campeonato no top 5 e conseguir ainda pisar o pódio pelo menos numa das duas corridas que faltam.
P- Tem apoios?
R- Tenho, desde a minha família e amigos, passando pela minha equipa (a SportKart), até aos meus patrocinadores: A J3LP, Câmara Municipal do Fundão, Alambique, Twintex, Ylce, Interprev, Matos & Prata, MedSupport, MotaLopes Contabilidade, MedicalDesign, Serragel, Quinta dos Termos, Fundaço, Gestiovinos, Singeste, Hiper Extintores, Cross Fundão, Escuderia Castelo Branco, JRanitDesign e outros anónimos.
P- Quais são as maiores dificuldades?
R- As nossas principais dificuldades passam por ser difícil angariar patrocínios e apoios que nos permitam fazer face à despesa do próprio desporto. Outro dos problemas, como piloto do interior, é não ter um kartódromo em boas condições e homologado para treinar num raio de aproximadamente 170 quilómetros. Ou seja, o mais perto fica na periferia de Fátima. Relacionado com a distância, os kartódromos que fazem parte do calendário do campeonato são maioritariamente nortenhos, à exceção do kartódromo de Portimão e mais três na zona centro litoral.
P- Quais são as suas ambições enquanto piloto? Gostava de seguir uma carreira profissional?
R- Enquanto piloto penso que não é de todo fácil fazer uma carreira automobilística em Portugal, não só porque o próprio país não o facilita, como também não nos é viável evoluir muito mais no próprio desporto. Fazer do desporto automóvel profissão não é de todo impossível, mas extremamente difícil.
P- Como vê a modalidade na região?
R- Na região sou o único piloto que pratica karting. A nível da modalidade, a mesma não é demonstrada e divulgada como pessoalmente queria, visto que só existe um kartódromo no Tortosendo).
Perfil:
Piloto de karting
Idade: 16 anos
Profissão: Estudante
Naturalidade: Fundão
Currículo: 2011- Troféu Rotax (5°lugar da categoria micro-max); Participação na Taça Mojo em Viana do Castelo. 2012- Troféu Rotax (Campeão nacional da categoria Micro-Max); 12° lugar nas Finais Mundiais Rotax em Portimão. 2013- Troféu Rotax ( Vice-campeão nacional da categoria Micro-Max); Participação na Taça Mojo em Motorland (Espanha). 2014- Campeonato Nacional de Karting (Melhor Rookie na categoria Juvenil). 2015- Troféu Rotax (Campeão Nacional da categoria Mini-Max); 12° lugar nas Finais Mundiais Rotax em Portimão. 2016- Troféu Rotax (Melhor Rookie da categoria Júnior); 2017- Troféu Rotax (3° lugar no campeonato da categorias Júnior
Livro preferido: “Sexta-feira ou A Vida Selvagem”, de Michel Tournier
Filme preferido: “007 – Spectre”
Hobbies: CrossFit e fotografar
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