P- Como nasceu o Projecto Ippon – Judo Clube?
R- É uma resposta que contém uma história muito comprida. E não dá para contar agora. Basicamente, o pontapé de saída terá sido um encontro casual que tive com o vereador do Desporto e Cultura da Câmara da Covilhã, Jorge Torrão, que me incentivou a procurá-lo. E assim fiz, juntamente com o senhor Carlos Vicente, judoca e pai de judoca, e o senhor Luís Loureiro, pai de judoca. A Câmara da Covilhã disponibilizou uma sala no complexo desportivo e isso foi o mais importante. Mas eu diria que o incentivo, o “clique”, veio de Jorge Torrão – ele não saberá disso, mas foi assim. De resto, sempre esteve presente na minha mente uma organização deste tipo que permitisse dar ao judo outro fôlego na Covilhã. Estamos nessa fase.
P- Quais são os objetivos?
R- Os objetivos que gostaria de atingir só serão possíveis com mais treinadores de judo, com mais horários, e com uma sala onde os tapetes estejam fixos. Vamos tentar fazer exibições da modalidade em diversos locais no sentido de mobilizar as camadas jovens para a prática do judo. Também não esquecemos os mais velhos. Ou seja, o que se queria era que toda a gente pudesse praticar judo. Cada um segundo as suas capacidades.
P- Neste momento contam com quantos praticantes de judo?
R- Temos 23 atletas federados.
P- Quais serão os primeiros projetos do Projecto Ippon – Judo Clube?
R- Em primeiro lugar, quando estabilizarmos, vamos tentar mobilizar os jovens para o judo. No dia 28 de março vamos organizar um torneio para infantis e iniciados, dos 10 aos 12 anos, no pavilhão da UBI, na Covilhã.
P- Quem pode fazer parte do Judo Clube?
R- Quem quiser fazer parte deste caminho em direção ao aperfeiçoamento pessoal de cada um através da prática do judo.
P- Neste momento, têm algum apoio?
R- Temos a sala cedida pela Câmara.
P- Como vê a prática de desporto no concelho?
R- Pelo que me tenho apercebido há muitos jovens a fazer desporto. No futebol vejo muita gente nas camadas jovens. No basquetebol também, assim como no atletismo e noutras “artes” desportivas. Acho muito bom. Um problema fundamental, depois, é o futuro destes jovens que hoje jogam à bola. E, no futuro, continuarão a divertir-se jogando à bola? A questão é essa. No judo também tem sido um pouco isso. Gostaríamos que as pessoas continuassem a fazer judo sem se preocuparem com a sua juventude, pelo seu aperfeiçoamento técnico, pelo seu aperfeiçoamento interior.
Perfil:
Idade: 61 anos
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Filme favorito: “Imperdoável”
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