P – Qual a importância da AAUBI organizar um evento com a dimensão dos Campeonatos Nacionais Universitários?
R – Para a AAUBI é, sem dúvida, uma realização muito importante especialmente pela sua responsabilidade em toda a região. Reforço sempre que é a maior instituição em termos de associação, representamos sete mil estudantes e, se calhar, um dos maiores motores económicos, especialmente da cidade da Covilhã. Só em termos de hotelaria, este evento deverá movimentar cerca de duzentos mil euros que vão ser dados à região. Em termos de impacto em geral, estamos a falar de 500 mil euros, o que revela a capacidade e a responsabilidade que hoje em dia a Associação Académica tem, não só para com os estudantes, mas, acima de tudo, também para com a região.
P – Ao todo, quantas pessoas vão estar envolvidas nos CNU’s, entre atletas, treinadores, árbitros e elementos da organização?
R – Entre 15 a 25 de abril deverão passar pela Covilhã para os CNU’s entre duas a três mil pessoas, entre atletas, treinadores, árbitros e entidades que veem visitar, etc.
P – É fácil organizar uma competição destas em termos logísticos?
R – Não é nada fácil organizar um evento destes, pela complexidade e pela escassez de infraestruturas desportivas de qualidade. Dou o exemplo de uma das modalidades que estamos a organizar, o rugby de 7, em que não há nenhuma estrutura na região e em que é a própria Associação a investir e a adaptar um campo da Covilhã, comprando, por exemplo, os postes de rugby. Este evento também vai proporcionar novas infraestruturas à região, isso também é bastante importante e, como é lógico, deverá ser aproveitado no futuro por parte dos jovens da Covilhã.
P – As provas vão decorrer onde?
R – Vão decorrer no pavilhão de Valverde, no municipal do Fundão, na Covilhã, Tortosendo, Belmonte e Teixoso. Inserida também nos CNU’s, vamos também organizar uma prova de atletismo de estrada em Idanha-a-Nova. Já estamos a falar num âmbito distrital de quatro concelhos e isto é algo louvável para uma organização como a Associação Académica.
P – Quais vão ser as modalidades em disputa?
R – Estamos a falar de patinagem artística, atletismo, rugby de sete, futebol de onze, futsal, andebol, voleibol, basquetebol e hóquei em patins, sendo que muitas delas serão disputadas nos sectores femininos e masculinos. Ao todo, estamos a falar em cerca de 16 provas.
P – Há alguma modalidade em que a AAUBI aspire ser campeã nacional?
R – Sim, a modalidade onde investimos ao longo do ano, inserido no projeto desportivo que a AAUBI tem criado através das suas academias de formação para jovens dos seis aos 18 anos, é o basquetebol, que é um dos nossos grandes pilares. Exemplo disso foi a aposta que fizemos com o Unidos do Tortosendo, onde investirmos diretamente nessa equipa. O plantel que está a competir na Proliga, através do Unidos, é o da AAUBI para adquirir ritmo competitivo ao longo da época. A razão porque apostámos no basquetebol masculino é simples. Fomos vice-campeões durante dois anos consecutivos, entre 2011 e 2012, e este é o ano em que teremos de ser campeões e queremos levar os nosso atletas à Croácia, ao Campeonato Europeu. Também temos o caso do futsal masculino, que é uma modalidade em que estamos bastante fortes, uma vez que há alguns atletas da Desportiva do Fundão que representam a AAUBI.
P – Esperam que o público adira em massa às provas?
R – Sim, acima de tudo, queremos que seja uma grande festa e que as pessoas participem nos eventos. As finais estão pensadas também nesse sentido e, por exemplo, no 25 de abril vão ser realizadas uma série de finais de modo a aproveitar o feriado para que o público da Covilhã esteja em contacto com as instalações desportivas que existem. Isso também é importante porque leva as pessoas à universidade e a conhecer as suas infraestruturas. Pensando um pouco nesse sentido, também foram convidados jovens do ensino básico e secundário para assistir ao evento. Outro dos projetos engraçados que foram inseridos nos CNU’s foi a participação de voluntários que vêm do ensino secundário, no caso da Escola Frei Heitor Pinto.
P – Os CNU’s vão gerar um movimento diferente nos 10 dias em que vão decorrer na Covilhã, Fundão, Belmonte e Idanha-a-Nova?
R – A competição vai movimentar uma parte económica muito grande e estamos a falar de jovens com dinâmica, vontade de conhecer a região e isso também vai ser importante. Vamos dar a oportunidade para as pessoas conhecerem a região e isso vai dar uma nova dinâmica à cidade.