P- Porque decidiu lançar a academia de bailado na Covilhã?
R- Decidi criar uma Academia de Bailado, pois o meu projeto não estaria completo sem uma escola de formação de bailarinos. Quero proporcionar às crianças e adultos que queiram aprender a dançar a oportunidade de terem formação com profissionais credenciados.
P- Acha que é viável uma companhia de bailado na Covilhã? Há público?
R- O público na Covilhã não está habituado a ir ver este tipo de espetáculos mas nós estamos a tentar mudar isso na cidade. Queremos o teatro cheio e queremos dar a oportunidade a todos de ficarem a saber o que é a dança e a sua importância na cultura de uma região e de um país.
P- É um projeto para a região, para o país? Quais são os seus horizontes?
R- Este projeto é para a região, assim como para o país. Os meus horizontes são grandes e tenho altas expectativas para o futuro da Companhia, pretendo levar o nome da Kayzer Ballet, da região e do país além fronteiras, mas para isso ainda é preciso muito trabalho e quero crescer aos poucos. Com a nossa dedicação e esforço, creio que chegaremos longe!
P- Quais são os apoios da companhia? Com que conta?
R- Somos apoiados pela Câmara Municipal da Covilhã a nível logístico, pela ASTA que nos tem dado um grande apoio, assim como pelo Ginásio In Corpore Sano que nos acolheu nas suas instalações com muita delicadeza e simpatia até a nossa sede estar pronta, entre outros particulares. O meu pai (Paulo Runa) é uma pessoa fundamental para o nosso trabalho, pois é o figurinista da Companhia e sem o trabalho dele seria muito difícil conseguir figurinos com tanto gosto e qualidade.
P- Onde está instalada a companhia?
R- A Companhia funciona no 2º andar da sede do Clube União, mas a nossa entrada é feita pela porta da Rua Peso da Lã.
P- O que se propõe fazer o Kayser Ballet?
R- A Kayzer Ballet propõe-se apresentar um repertório com qualidade dentro da dança clássica e contemporânea, mas precisamos de mais apoios financeiros para as nossas produções.
P- Quais as principais dificuldades do projeto?
R- As principais dificuldades são mesmo o financiamento, uma vez que ainda não somos apoiados a nível governamental e necessitamos ter esse apoio.
P-Enquanto bailarino onde ambiciona chegar?
R- Sendo diretor artístico, professor e bailarino, vou continuar a trabalhar e a dançar na minha companhia, pois, por enquanto, não me resta tempo para dançar noutro lado.
P- Como vê o panorama cultural da Covilhã?
R- O panorama Cultural na Covilhã é pouco desenvolvido, não existe muita procura, no entanto, começa a haver oferta e aos poucos as pessoas começam a aderir. Os museus têm produzido bons eventos, assim com as associações fazem por produzir cultura. A Banda da Covilhã, com a direção do professor Eduardo Cavaco, tem produzido eventos muito interessantes e com qualidade. Este tipo de associações e colectividades devem ser apoiadas, assim como a nossa Companhia, pois para além de serem uma mais-valia para a cidade, são a nossa cultura.