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Quartel de Famalicão com mais apoios se ficar pronto no final do ano

Primeiro-ministro António Costa lançou primeira pedra da sede dos bombeiros voluntários orçada em 620 mil euros

A construção do quartel dos bombeiros de Famalicão da Serra (Guarda) pode ter uma majoração de 10 por cento nos apoios comunitários se os trabalhos forem concluídos até ao final do ano. A novidade foi anunciada no passado dia 18 durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra em que participou o primeiro-ministro, António Costa.

A empreitada foi consignada à empresa Biosfera a 1 de fevereiro e consiste na construção de um edifício de raiz, num investimento de cerca de 620 mil euros. A candidatura foi aprovada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), que garante 85 por cento do valor global da obra – percentagem que pode subir para 95 por cento se o quartel ficar pronto a 31 de dezembro – e os restantes 15 por cento da componente nacional serão suportados pela Câmara da Guarda em 85 por cento. A verba em falta, mais cerca de 44 mil euros para equipamentos, vai ser paga pela Associação Humanitária famalicense, que tem a decorrer uma campanha de angariação de apoios.

Numa cerimónia emotiva, António Costa afirmou que «mais do que ter vindo colocar a primeira pedra, vim prestar homenagem a uma comunidade e a um exemplo de vida». Na Casa da Cultura, o primeiro-ministro recordou que a última vez que esteve em Famalicão era ministro da Administração Interna e foi «numa noite trágica [julho de 2006] em que a aldeia e em particular a família do bombeiro Sérgio Rocha choravam a sua morte e a de cinco sapadores chilenos». Volvidos quase onze anos, António Costa regressou e confessou que encontrou «um testemunho de vida que nos deve encher de orgulho a todos», isto porque «a mãe do Sérgio Rocha me cumprimentou com um sorriso e hoje vejo que o novo comandante desta corporação é o seu irmão e que toda a família continua a ser bombeiro, fardado ou não, e continua este combate que o Sérgio perseguiu toda a sua vida».

Depois de colocar a primeira pedra no local onde vai surgir o quartel/ sede da corporação, o chefe do Governo atravessou a aldeia a pé até à Casa da Cultura, onde decorreu a cerimónia. Na sua intervenção, o presidente da direção da Associação Humanitária agradeceu o empenho do primeiro-ministro, do Governo e do presidente da Câmara da Guarda na resolução do impasse em que se encontrava o projeto. «É um apoio que julgamos merecer e que honraremos com o nosso trabalho e empenho», disse António Fontes, acrescentando que «ficam a faltar 44 mil euros para equipamentos». O dirigente aproveitou a ocasião para convidar o primeiro-ministro para a inauguração do equipamento.

Por sua vez, Álvaro Amaro considerou que a construção do edifício é «uma obra de justiça» e a «concretização de um sonho» para os famalicenses. Atualmente, a corporação com 56 voluntários no corpo ativo ocupa a garagem da Casa Paroquial, onde não tem condições de trabalho nem de operacionalidade.

Luis Martins «Mais do que colocar a primeira pedra, vim prestar homenagem a uma comunidade e a um exemplo de vida», disse António Costa

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