Os quartéis dos Bombeiros Voluntários de Pinhel e de Belmonte vão ser requalificados e ampliados em 2011. As duas corporações rubricaram, na semana passada, os contratos de financiamento através do Programa Operacional Valorização do Território, no âmbito do QREN.
A obra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Pinhelenses contará com um investimento que ronda os 412 mil euros, financiados em 70 por cento pelo programa QREN. A restante verba será suportada em conjunto pela autarquia e a associação. Para o presidente da direcção dos voluntários, o financiamento foi «uma boa prenda de Natal», sobretudo porque tem dúvidas «se estas candidaturas a fundos comunitários continuarão a existir nos próximos tempos». Vítor Silva explicou a O INTERIOR que agora «será possível contornar algumas dificuldades que os bombeiros sentiam», nomeadamente no que diz respeito ao estado do edifício, que tem mais de 30 anos. «O telhado está 80 por cento podre e há um sector onde há infiltrações de água sempre que chove», lamentou o dirigente. Para pôr termo a esta situação e melhorar as condições de resposta e socorro, a empreitada vai contemplar a requalificação de áreas com maior desgaste, bem como «a ampliação das alas Norte e Sul, a melhoria das condições nas camaratas, a criação de um salão nobre e uma zona de gabinetes de comando, chefias e administração», adiantou ainda Vítor Silva.
A área de saúde também será modificada, com a criação de um espaço de armazenamento. «Há a necessidade de centralizar todos os materiais de consumo corrente, nomeadamente algum material de saúde que já nos permitiu salvar muita gente», acrescentou, estimando que a obra possa estar concluída no final do próximo ano. Também em Belmonte será possível melhorar as condições de trabalho dos “soldados da paz”. A candidatura apresentada pela Associação Humanitária local foi igualmente aceite e «contempla um investimento de 450 mil euros, com 70 por cento a ser financiado pelo programa e 30 por cento pela autarquia», revelou o presidente. António Dias Rocha espera que esta obra, que deverá ser iniciada nos primeiros meses de 2011, possa colmatar certas falhas que o edifício já apresenta: «O quartel tem cerca de 30 anos e está um pouco desadequado às necessidades actuais, havendo, nomeadamente, falta de espaço para todas as viaturas».
De acordo com o responsável, «todo o quartel vai sofrer alterações», ao nível das camaratas, da sala de convívio, cozinha e estrutura administrativa. António Dias Rocha está «optimista» e tem esperança que tudo esteja pronto «no final de 2011». Mas as duas corporações não querem ficar por aqui em termos da melhoria das condições de trabalho, e, apesar da crise, esperam que o próximo ano traga novos investimentos. Em Pinhel, vai sobrar algum dinheiro desta obra de requalificação e «deverá haver nova candidatura para se poder utilizar o restante valor», referiu Vítor Santos. Já em Belmonte, António Dias Rocha explicou que, depois desta empreitada, «é preciso reequipar toda a estrutura e conseguir investimento para o fazer».
Catarina Pinto 
